Membros do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro se reuniram com o diretor da Minas Arena, Samuel Lloyd, nessa sexta-feira. O encontro foi proposto pela diretoria celeste com o intuito de viabilizar formas de manter o Mineirão como local dos jogos do time como mandante na temporada 2020, evitando deslocamento para estádios do interior de Minas Gerais.
De acordo com a nota divulgada pelo Cruzeiro, o objetivo da reunião também era de melhorar o relacionamento comercial com a concessionária do Mineirão. Segundo o comunicado, a Minas Arena apresentará uma proposta para a formatação de um novo contrato entre as partes.
Uma nova reunião entre Cruzeiro e Minas Arena está prevista para os próximos dias. A administradora apresentará números para análise em conjunto com o clube. Em junho de 2019, a concessionária informou que rompeu o contrato de fidelidade com o clube por causa de dívidas que chegavam a R$ 26 milhões.
Mandos de campo em 2020
Por causa de três incidentes envolvendo a torcida no Mineirão em 2019, o Cruzeiro deve perder mandos de campo neste ano. Se aplicadas, as punições podem ser cumpridas tanto na Copa do Brasil quanto na Série B do Campeonato Brasileiro. Em situação semelhante, em 2010, o Coritiba foi punido com a perda de 30 mandos. Posteriormente, a punição foi reduzida para 10 partidas. Nestes casos, o triubal exige que o clube penalizado atue, no mínimo, a 100km da cidade-sede - o Coxa teve de jogar na Arena Joinville.
Um dos casos é a briga entre cruzeirenses e atleticanos no clássico pela 32ª rodada do Brasileiro, que terminou empatado por 0 a 0, em 10 de novembro do ano passado, no Mineirão. Inicialmente, o Cruzeiro perdeu um mando de campo e foi multado em R$ 100 mil, porém apelou da sentença e conseguiu efeito suspensivo. O julgamento foi adiado e deve ocorrer neste mês.
Outro episódio é relativo à partida contra o CSA, dia 28 de novembro, pela 35ª rodada do Brasileiro. O Cruzeiro frustrou a torcida e perdeu por 1 a 0, dando passo largo rumo ao rebaixamento à Série B. Irritados, torcedores atiraram bombas, sinalizadores e outros objetos no gramado do Mineirão. Os acontecimentos foram relatados em súmula.O STJD acatou a denúncia da procuradoria, que pede punições ao Cruzeiro que variam de perda de mando de dez jogos, além de multa entre R$ 100 e R$ 100.000,00.
Por fim, o terceiro processo no STJD analisará o ocorrido no jogo que decretou o rebaixamento do Cruzeiro - na derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, dia 8 de dezembro. A partida só foi mantida no Mineirão graças à obtenção de efeito suspensivo da pena do clássico.
Com o jogo ainda em andamento, torcedores arrancaram cadeiras do Mineirão e as atiraram no estádio. Também houve arremessos de bombas e depredação a bens do estádio, como bebedouros, banheiros e televisores. Segundo a Minas Arena, os danos a serem arcados pelo Cruzeiro foram de aproximadamente R$ 300 mil.