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Cruzeiro alega custo alto no Mineirão e solicita mudança de jogo contra o Coimbra para o Independência

Federação Mineira de Futebol já alterou local da partida do dia 15 de março

postado em 04/03/2020 22:48 / atualizado em 05/03/2020 15:38

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press)
Por considerar elevado o custo operacional do Mineirão, o Cruzeiro solicitou à Federação Mineira de Futebol a mudança de local do jogo contra o Coimbra, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. A partida acontecerá no domingo, 15 de março, às 16h, no Independência.

De acordo com o clube, a despesa de um jogo no Mineirão é de R$ 220 mil, enquanto no Independência gira em torno de R$ 130 mil. A irredutibilidade da Minas Arena em relação aos valores cobrados motivou a diretoria a se aproximar com a LuArenas, gestora do estádio do Horto.

“Foi uma opção do Cruzeiro jogar lá. O custo do Independência é muito menor que o do Mineirão. A situação atual que a Minas Arena nos impõe é um custo absurdo”, disse Aristóteles de Paula Loredo, responsável pelo departamento de T.I. e também pela gestão de arenas do Cruzeiro, em contato com o Superesportes.

Segundo Loredo, o Cruzeiro não descarta enfrentar a URT, pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro, no Independência. Por ora, o duelo está marcado para sábado, 21 de março, às 16h30, no Mineirão.

“Estamos negociando com a Minas Arena, porque o lugar do Cruzeiro é o Mineirão. Mas enquanto não houver redução do custo operacional, fica inviável. A Minas Arena quer ganhar em cima de estacionamentos, bares e camarotes, enquanto o Cruzeiro fica com 100% das despesas? Não podemos aceitar isso”.

Série B


Se persistir a discordância, o Cruzeiro também cogita mandar jogos da Série B no Horto. A estreia será contra o Botafogo-SP, provavelmente em 2 de maio (sábado). A partida acontecerá de portões fechados por causa de punição do STJD referente ao clássico contra o Atlético, pelo Brasileiro de 2019. Na ocasião, torcedores brigaram no camarote do Mineirão.

Também por confusões nas arquibancadas, o Cruzeiro pegou seis partidas de suspensão em primeira instância: três pela derrota por 1 a 0 para o CSA e mais três no revés por 2 a 0 diante do Palmeiras. O clube recorrerá de ambas as sentenças, em julgamentos a serem marcados pelo Tribunal Pleno.

Minas Arena


Em 11 de junho de 2019, a Minas Arena anunciou o rompimento do contrato de fidelidade com o Cruzeiro, que iria até 2037. Na ocasião, a empresa notificou o clube por várias vezes em função de uma dívida de R$ 26 milhões, mas não obteve retorno. Desde 3 de maio, segundo a gestora do Mineirão, a negociação com a Raposa passou a ser feita jogo a jogo.

Com o término do contrato, o Cruzeiro perdeu vários benefícios, como pagar 70% das despesas operacionais nos jogos, receber de 1/3 da renda com estacionamento e bares, usar gratuitamente 100 vagas no estacionamento, inserir ações institucionais nos telões e proibir a Minas Arena de comercializar ingressos por preços inferiores ao valor mais caro do clube no anel superior.

O Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro tenta renegociar o débito com a Minas Arena. Além de quitar um valor bastante inferior aos R$ 26 milhões, o clube pediu um período maior de carência, já que precisa organizar suas finanças após a gestão temerária do ex-presidente Wagner Pires de Sá, que elevou o passivo total para mais de R$ 800 milhões.

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