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Sérgio pede apoio à torcida do Cruzeiro e repudia vandalismo: 'Não adianta ameaçar jogador e destruir patrimônio'

Dirigente comentou protestos da torcida em razão da má fase do time

postado em 22/09/2020 21:40 / atualizado em 22/09/2020 22:45

(Foto: Divulgação/Cruzeiro)
O Cruzeiro divulgou vídeo na noite desta terça-feira com declarações do presidente Sérgio Santos Rodrigues sobre a onda de protestos dos torcedores em razão da má campanha do time na Série B do Campeonato Brasileiro. O dirigente respeitou o direito de manifestação, porém repudiou os atos de vandalismo ao patrimônio do clube e as ameaças a jogadores.

“Se quiserem protestar, fiquem à vontade, não há problema nenhum. Só façam de maneira pacífica, é isso que a gente pede. Não adianta ameaçar jogador e nem destruir patrimônio do clube. Estamos de portas abertas sempre. Transparência e diálogo é a marca da nossa gestão. Continuaremos recebendo todo mundo, vamos apoiar o time na sexta-feira, que é isso que a gente precisa agora”, disse Sérgio.



Pela manhã, cerca de 50 torcedores estiveram em frente à portaria da Toca da Raposa II, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, para questionar diretoria de futebol e jogadores. Inicialmente, o encontro ocorria de forma pacífica, até que alguns indivíduos começaram a chutar o portal principal do centro de treinamento.

Seguranças do clube jogaram gás de pimenta para dispersar o movimento. Pouco depois, quatro viaturas da Polícia Militar reforçaram a proteção. Os alvos dos cruzeirenses, além de Sérgio Rodrigues, eram o supervisor administrativo Benecy Queiroz e os diretores Deivid e Ricardo Drubscky.

No domingo, dezenas de torcedores haviam demonstrado insatisfação ao se dirigirem ao Aeroporto Internacional de Confins, na Grande Belo Horizonte, onde a delegação desembarcou depois da derrota para o CSA por 3 a 1, em Maceió, pela 10ª rodada da Série B. O local acabou isolado pela PM, e os atletas praticamente não tiveram contato com o público. Sérgio Rodrigues revelou ter recebido alguns líderes na segunda-feira e reiterou o direito à liberdade de expressão, desde que de forma pacífica.


“Cientes da última vez que haveria uma manifestação no aeroporto, quando retornamos recentemente do jogo em Maceió, vimos reclamações de pessoas que queriam que a diretoria fosse até a diretoria prestar satisfação no aeroporto, quando ali não era o momento adequado. Estávamos vindo de uma viagem de 14 horas, todo mundo cansado, tinha levantado 5h30 da manhã”, frisou.

“No dia seguinte, nos reunimos com alguns torcedores que queriam ouvir da diretoria o que a gente pensa. Nesse sentido, fomos falar. Não pedimos para parar de protestar, desde que pacificamente. Que não seja batendo em carro de dirigente, como aconteceu com o meu carro na Toca, ou jogando foguete na sede”, acrescentou.

Segundo Sérgio, a reunião com os cruzeirenses teve como propósito explicar o trabalho de gestão no clube e reforçar o pedido de apoio na sequência da Série B. O time encerrou a 10ª rodada em 15º lugar, com oito pontos, a nove a quarta colocada, Chapecoense (17). Na sexta-feira, às 21h30, a Raposa enfrentará o Avaí, no Mineirão.

“O que a gente quis foi explicar a essas pessoas o trabalho hercúleo que essa diretoria tem feito e que às vezes dão resultados que nem todos esperam no futebol. Sempre falo isso: na vitória, todo mundo aplaude; na derrota, procuram-se culpados. Então o meu pedido a esses torcedores foi de apoio, porque é isso que o Cruzeiro precisa. Minha visão é que violência e ameaça não adiantam nada”.

A 28 rodadas do fim da Série B, o Cruzeiro precisa somar 57 pontos em 86 (mais de 66% de aproveitamento) para chegar a 65 e, provavelmente, alcançar a quarta posição. Essa reabilitação tem de acontecer com agilidade e urgência, visto que a permanência na segunda divisão por mais um ano seria tão dolorosa quanto a queda, além de inviabilizar o crescimento em receitas e afogar o clube em um passivo que ultrapassará R$ 1 bilhão.

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