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Presidente do Cruzeiro diz aceitar pressão e ironiza parte dos críticos: 'Guerreiros de teclado'

'Em 2018, estava lá abraçado com o seu Wagner Pires de Sá', disse

postado em 08/10/2020 12:42 / atualizado em 08/10/2020 14:22

(Foto: Igor Sales/Cruzeiro)

O presidente Sérgio Santos Rodrigues ironizou parte dos críticos de sua gestão no Cruzeiro e os classificou como “guerreiros de teclado”. A referência é a um trecho de canção da torcida, que chama o clube de “guerreiro dos gramados”.

Reeleito nessa quarta-feira, o mandatário celeste disse, nesta quinta, entender parte das críticas - aquelas que ele considera “construtivas” -, mas demonstrou irritação com protestos violentos e algumas cobranças que vem sofrendo. "Não me incomoda, não (a pressão). Me motiva. Não tenho problema nenhum para trabalhar com pressão", iniciou.

“A torcida sabe que a gente está trabalhando, mas tem alguns que são massas de manobra, que querem pegar... os ‘guerreiros de teclado’, né, que ficam buscando…”, prosseguiu, antes de fazer referência à antiga gestão celeste, comandada pelo ex-presidente Wagner Pires de Sá.   

“E muitos desses ‘guerreiros’ responsáveis pelo que a gente viveu, que em 2018 estava lá abraçado com o seu Wagner Pires de Sá e hoje fica querendo fazer programinha de internet para poder dizer que é bonzão e convocando protesto. Mas muitos desses ‘guerreiros’ participaram disso e agora só querem fomentar a discórdia”, disse Sérgio Rodrigues.

“Só que eu tenho certeza que a grande maioria da torcida não quer isso. Quer o bem. Então, pode ter certeza de que se quiser protestar, é legítimo, a gente reconhece, não tem problema nenhum. Se tiver violência, vai ser respondida devido à altura”, completou.

Nessa quarta, Sérgio Rodrigues foi um dos alvos de manifestações de centenas de cruzeirenses, que se aglomeraram no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para protestar contra o momento da equipe. Eles aproveitaram a eleição, que confirmou a recondução do atual presidente um triênio no cargo (2021-2023).

O mandatário, inclusive, foi um dos principais alvos das críticas. “P*** que pariu, cadê o presidente, ninguém sabe, ninguém viu” e “Sérgio Rodrigues, seu marqueteiro, tem que ter peito para comandar o Cruzeiro”, cantaram os torcedores.

Leia a resposta completa de Sérgio Santos Rodrigues em que ele fala sobre os críticos:

“Não me incomoda, não (a pressão). Me motiva. Não tenho problema nenhum para trabalhar com pressão. Acho que é natural. Qualquer pessoa que quer ocupar este cargo tem que saber disso - e eu sabia. Eu já tive uma experiência no departamento de futebol, e eu cito muito isso aqui internamente.

Em 2016, foi basicamente isso. Quando saiu o Luxemburgo, veio o Mano, e a gente ganha o final do ano inteiro, aí é mil maravilhas. Depois que sai o Mano e a gente vem naquela sequência de técnico interino, Deivid, Paulo Bento e derrota, é tudo péssimo. Então, a gente já está acostumado com isso.

Eu não temo que tenha mais violência porque eu tenho conversado bastante e dado esse recado. Primeiro que nós não vamos tolerar violência. Quem quiser se comportar como torcedor vai ser respeitado como torcedor. Quem quiser se comportar como bandido vai ser tratado como bandido.

Então, quem começar com violência vai ter a resposta devida para a violência. Quem quiser conversar, nós estamos com as portas abertas. Agora, o principal que eu falo: vamos conversar e apresentar a solução.

Porque, até agora, de todas as reuniões que eu fiz, fica todo mundo: ‘Ah, mas e isso? E isso? E aquilo?’. Eu falo: ‘O que você faria no meu lugar? A caneta é sua’. Aí falam: ‘Ah, eu faria aquilo’. E eu respondo: ‘Para isso não tem dinheiro, isso não dá’. E me perguntam: ‘Então, o que vamos fazer?’.

Pois é, quando você tem isso daqui na mão (caneta), uma responsabilidade na frente e o seu CPF assinando, o buraco é mais embaixo. Então, eu falei: ‘Eu sou um torcedor como vocês. Eu também entendo que tem que ficar chateado. Eu também fico’.

O que motiva é ver isto: ontem (quarta-feira), quando eu estava voltando a pé (da eleição), veio um grupo de torcedores. Até a organizada se aproximou. Alguns amigos que estavam comigo até se assustaram, acharam que era briga.

E vieram falar: ‘Pô, Sérgio, primeiro: obrigado. Eu fui um dos que foram para a Toca hoje e não invadi porque acho errado. Fiquei na porta porque queria protestar. Eu tenho um pedido para te fazer’. Eu falei: ‘Qual?’. Ele: ‘A gente quer colocar a faixa e apoiar o time a partir da semana que vem’. Eu falei: ‘Com a pandemia não tem jeito, mas vamos colocar as faixas, porque é disso que a gente precisa agora’.

Agora, a gente tem que dar a mão e fazer o positivo. A torcida sabe que a gente está trabalhando, mas tem alguns que são massas de manobra, que querem pegar... os ‘guerreiros de teclado’, né, que ficam buscando...

E muitos desses ‘guerreiros’ responsáveis pelo que a gente viveu, que em 2018 estava lá abraçado com o seu Wagner Pires de Sá e hoje fica querendo fazer programinha de internet para poder dizer que é bonzão e convocando protesto. Mas muitos desses ‘guerreiros’ participaram disso e agora só querem fomentar a discórdia.

Só que eu tenho certeza que a grande maioria da torcida não quer isso. Quer o bem. Então, pode ter certeza de que se quiser protestar, é legítimo, a gente reconhece, não tem problema nenhum. Se tiver violência, vai ser respondida devido à altura.

A gente não tem medo disso, não tem problema nenhum, estamos bem preparados para isso também. Agora, vamos trocar ideia, buscar solução e caminhar junto? É isso o que a gente quer e espera da torcida do Cruzeiro”.

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