Embora cauteloso com relação à briga pelo acesso, Luiz Felipe Scolari exaltou o aproveitamento de quase 70% à frente do Cruzeiro. Em 12 jogos, foram sete vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. Sob seu comando, a Raposa saiu do 19ª lugar da Série B, na 16ª rodada (13 pontos), para 11º, na 28ª (38 pontos). Apesar da arrancada, o treinador só pensará em algo a mais na competição assim que atingir 43 ou 44 pontos.
“Quando conseguirmos atingir 43, 44 pontos, podemos pensar assim. Mas não atingimos. Temos 38 pontos. Falta, no mínimo, cinco a seis pontos. O que podemos pensar? Que estamos trabalhando para isso. Fizemos 25 pontos em 36 jogados. É difícil uma equipe fazer isso”, comentou Felipão, citando que o índice de 69,4% seria suficiente para a liderança isolada da competição.
“Se a gente tivesse feito isso desde o início, teríamos 58, 60 pontos. Então, é que a gente pegou o bonde andando. Vamos devagar, por etapas, e os outros estão chegando também. A gente não pode esquecer que os outros ganham também”.
Na sequência da resposta, Scolari voltou a lamentar a perda de seis pontos na Série B em razão de uma punição na Fifa. “Se tivéssemos aqueles benditos seis pontos, que algumas pessoas acharam que eram ridículos - ah, o Cruzeiro pode perder seis pontos - com quantos pontos estaríamos? Então, devagar, a gente vai chegando. Vamos pensando num primeiro capítulo para, depois, se pudermos, pensarmos na outra parte”.
Segundo o Departamento de Matemática da UFMG, o Cruzeiro tem apenas 0,22% de risco de cair para a Série C. Já a chance de retorno à elite do Brasileirão subiu para 10,8%. Na terça-feira, às 21h30, no Independência, a Raposa fará confronto direto com o CSA, que soma 44 pontos e também almeja uma vaga na primeira divisão de 2021.