“Houve uma evolução depois dessa primeira fase de vários jogos em um mês. Após esse período de treinamento, a gente retorna. E eu gostei na questão da evolução da equipe, nas movimentações ofensivas, a gente voltou a se movimentar bem, criar chances de um lado, de outro, por dentro. A questão defensiva nós também conseguimos ser uma equipe agressiva. Até o momento que tivemos igualdade em campo mantivemos uma postura muito agressiva. Dentro do processo que a gente acredita, isso me deixa satisfeito”.
De acordo com o Footstats, o Cruzeiro teve mais de 60% de posse de bola no primeiro tempo, porém esbarrou na postura defensiva do Tombense e se viu obrigado a tentar finalizações de fora da área. Quando conseguiu se aproximar da meta adversária, Felipe Augusto recebeu de Rafael Sobis na ponta direita e chutou forte para boa defesa de Felipe Garcia. Na etapa final, a Raposa exerceu sete minutos de pressão. Na melhor oportunidade, Matheus Barbosa acertou a trave após falha do volante Pablo.
Contudo, a partir dos 20 minutos do segundo tempo, o Tombense começou a sair para o jogo. Aos 27, Everton escapou pela ponta esquerda e rolou em direção à entrada da área. Jhemerson chegou batendo de primeira, e a bola desviou no braço de Alan Ruschel. Pênalti a favor dos visitantes, cartão vermelho para o lateral-esquerdo cruzeirense. Na cobrança de Paulinho Dias, Fábio caiu no canto direito, segurou firme e evitou a derrota celeste.
Na opinião de Felipe Conceição, o Cruzeiro fez 65 minutos intensos e só se complicou por causa da expulsão de Ruschel. “A gente não pode perder esse caminho. Quando você consegue fazer 65 minutos do nível que a gente fez, a tendência, se a gente não sair do caminho e continuar trabalhando forte, é que na próxima partida a gente consiga sustentar durante 90 minutos o ritmo que foi no primeiro tempo e no início do segundo tempo. Criamos várias chances, controlamos bem a partida, e houve um desgaste natural pelo ritmo que implementamos e até pelo volume. Isso faz parte do processo, mas voltamos a ter uma boa atuação no meu ponto de vista”.
Além de não compactuar com as opiniões sobre falta de evolução, Conceição considerou que o Cruzeiro está ansioso para definir as jogadas. “Tivemos um controle maior do jogo, um controle maior da partida, recuperamos bola no campo do adversário, colocamos o adversário para trás. Infelizmente, a bola não entrou. Mas vai entrar. Essa ansiedade nossa de que as coisas aconteçam de um dia para o outro também gera esses erros no último terço. Isso faz parte, mas com naturalidade vamos conseguir ajustar isso. Tenho certeza de que quando a bola começar a entrar, vai sair esse peso, e vamos transformar em gols aquilo que estamos produzindo no jogo”.
O comandante ainda enalteceu atuações individuais. “Conforme o tempo vai passando, os atletas vão se sentir à vontade. Você vê o Bruno José crescendo, o Sobis fez uma grande partida, o Marcinho, o Barbosa, o Adriano. A gente como coletivo fez uma grande partida, os atletas estão se adaptando cada vez mais. Fazemos ajustes de acordo com as características do atleta, a gente respeita. Tanto que fomos muito eficientes até 65 a 70 minutos de jogo, só nos faltou o gol”.
O Cruzeiro volta a campo no próximo domingo, às 11h, contra o Boa, no estádio Melão, em Varginha. Com apenas quatro pontos, o time de Varginha está na zona de rebaixamento, em 11º. Na sequência do estadual, a Raposa encara Coimbra, na quarta-feira (7), no Independência, e Atlético, domingo (11), no Mineirão. O objetivo da comissão técnica é manter uma escalação-base para ganhar entrosamento visando ao principal objetivo de 2021, que é o retorno à primeira divisão do Campeonato Brasileiro.