Cruzeiro corre risco de ficar novamente fora da semifinal do Mineiro

Ainda restam cinco confrontos para o encerramento da fase classificatória do Campeonato Mineiro, mas o Cruzeiro já pode ligar o sinal de alerta em relação ao risco de ficar fora da semifinal pelo segundo ano consecutivo. Nas seis primeiras partidas, o time contabilizou apenas oito pontos, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Caso ainda queira brigar pela vaga no mata-mata, terá de superar o Boa Esporte neste domingo, às 11h, no estádio Melão, em Varginha, pela sétima rodada.

Treinada por Felipe Conceição, a equipe celeste estreou no estadual empatando com o Uberlândia (1 a 1). Na sequência, perdeu para a Caldense (1 a 0), ganhou de URT (2 a 0) e Athletic (1 a 0), foi derrotada pelo América (1 a 0) e ficou na igualdade com o Tombense (0 a 0). O aproveitamento é inferior ao de 2020, quando, sob o comando de Adilson Batista, contabilizou 11 pontos nos seis duelos iniciais (3 vitórias, 2 empates e 1 derrota).

No ano passado, o Cruzeiro entrou no G4 ao vencer o Uberlândia por 2 a 1, pela sétima rodada, no Mineirão. Nos jogos seguintes, perdeu para Atlético (2 a 1) e Coimbra (1 a 0) e caiu para o quinto lugar. Em razão dos maus resultados, Adilson Batista foi demitido e deu lugar a Enderson Moreira. Com o novo treinador, a Raposa venceu URT (3 a 0) e Caldense (1 a 0) e chegou a 20 pontos, mas caiu na primeira fase em função da desvantagem para a Veterana no saldo de gols (9 a 6).

Em busca de um cenário mais tranquilo em 2021, o Cruzeiro enfrentará o Boa em situação delicada, na 11ª posição, com quatro pontos (1 vitória, 1 empate e 4 derrotas). Depois, terá pela frente Coimbra, Atlético, Pouso Alegre e Patrocinense. Serão necessários ao menos quatro triunfos, de modo que o clube atinja 20 pontos e tenha 99,6% de probabilidade de classificação, segundo o Departamento de Matemática da UFMG. Hoje, as chances são calculadas em 28,3%.

Diante do Tombense nessa quinta-feira, o Cruzeiro finalizou 19 vezes, de acordo com o Footstats, sendo seis em direção ao gol. O lance mais perigoso foi um chute de Matheus Barbosa na trave, após falha da defesa adversária. Já o Gavião-carcará teve a melhor oportunidade em um pênalti cobrado por Paulinho Dias, aos 29 minutos da etapa final. Fábio caiu no canto direito e segurou firme o chute do camisa 7.

Apesar do resultado frustrante e do atual cenário desfavorável, o técnico Felipe Conceição considerou positivo o desempenho do Cruzeiro, discordou das críticas à performance da equipe e deu a entender que vai manter uma escalação-base para os próximos compromissos. A formação diante do Tombense teve Fábio; Cáceres, Manoel, Ramon e Alan Ruschel; Adriano, Matheus Barbosa e Marcinho; Bruno José, Felipe Augusto e Rafael Sobis. No confronto com o Boa, Ruschel vai cumprir suspensão por cartão vermelho e será substituído por Matheus Pereira.

“Entramos em uma fase em que temos um maior conhecimento do elenco, apenas de ajustes. A equipe tende agora a ganhar um conjunto maior pela repetição da escalação. Faremos alguns ajustes, às vezes por lesão ou performance, mas não como todas as mudanças que fiz num primeiro momento”, disse Conceição.

“Fazer um bom jogo como nós fizemos e ter a sequência de uma base de equipe, com certeza a tendência é só crescer. Basta não sair do caminho, manter a atitude agressiva e esse comportamento que os atletas tiveram. Infelizmente não saímos com a vitória, mas estamos no caminho certo. Vamos fazer os ajustes que precisamos, mas essa segunda fase será mais consistente e os resultados virão”, complementou.