
Na última terça-feira, dia em que o River largou na frente do Guaraní nas semifinais do torneio, ao vencer o jogo de ida por 2 a 0 em Buenos Aires, Aimar escreveu uma carta de despedida para os companheiros justificando sua saída. Repatriado ao lado de Javier Saviola e Lucho González, Aimar fazia parte dos planos do clube para os próximos anos.
“Antes de mais nada quero agradecer a todos por terem me tratado bem durante estes meses que estive com vocês. Passei muito bem, fazendo parte de um grupo fantástico. Tentei de tudo para estar fisicamente a altura de vocês, mas não consegui. Me comunicaram que estaria fora da lista da Libertadores, e eu entendo. Não quero ocupar um lugar que seguramente é para outros atletas. Por isso decidi parar de jogar profissionalmente, vou estar os apoiando de fora”, escreveu em um trecho da carta.
O técnico Marcelo Gallardo, que também foi jogador do River Plate, deu detalhes sobre o corte de Aimar e garantiu que o jogador assimilou bem os motivos. “Foi uma decisão e ele aceitou com sinceridade, disse que eu lhe fazia um favor porque ele estava sofrendo. Ele não queria nada de presente. Abrimos as portas para ele tentar voltar a ser feliz dentro de campo, e ele teve chances. Viajou para encarar o Cruzeiro. Faz uns dias que não vinha treinando, e aí me comunicou que preferia tomar a decisão de não jogar”, falou ao Olé.
Revelado pelo Estudiantes Rio Cuarto, Aimar chegou ao River com 14 anos e atuou como profissional da equipe de 1997 a 2000, antes de ir à Europa para defender o Valencia. No Velho Continente, atuou também por Zaragoza e Benfica, antes de se aventurar no futebol da Malásia em 2014. O jogador também defendeu a seleção principal da Argentina durante uma década, de 1999 a 2009.