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CASO DANIEL

Testemunha do 'caso Daniel' mostra o rosto pela primeira vez e diz que viu jogador sendo enforcado

Lucas Mineiro afirmou que viu Edson Brittes asfixiar a vítima na cama

postado em 05/08/2019 16:13 / atualizado em 05/08/2019 16:56

<i>(Foto: Divulgação)</i>
O caso do homicídio do jogador Daniel Correa teve nova movimentação nesta segunda-feira, quando uma testemunha do caso afirmou ter visto a vítima sendo enforcada. Pela primeira vez, a testemunha Lucas Stumpf (conhecido como Lucas Mineiro), concedeu entrevista mostrando o rosto, e contou que viu Edison Brittes, assassino confesso de Daniel,  enforcando o ex-jogador em cima da cama. Segundo Lucas, no momento do crime, Cristiana Brittes pedia por socorro.

“No momento em que eu olhei pela janela, eu vi ele (Daniel) na cama sendo enforcado. Eu vi o Edison enforcando ele em cima da cama, batendo em cima da cama. Ele (Daniel) estava de cueca e camiseta”, contou Mineiro.

Lucas Mineiro estava na festa do aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edison, na casa noturna Shed, em Curitiba. Após o evento, eles foram para a casa da família Brittes, onde Daniel foi espancado e morto.

A testemunha afirmou que Cristiana estava no quarto e presenciou as agressões e pedia para que alguém socorresse o jogador. “Ela tentava pedir ajuda, mas ela não tinha o que fazer. Ela não tinha como reagir naquele momento e não ia conseguir fazer nada naquele momento, creio eu. Ela pedia socorro e eu não sei dizer se o socorro dela era por algo que aconteceu com ela mas, no meu entendimento, no meu ver do momento dos fatos, era que o pedido de socorro era pro Daniel”, disse Lucas.

Lucas disse que também tentou intervir, mas foi ameaçado por Edison Brittes. “No momento em que eles estavam agredindo ele (Daniel), eu cheguei e falei: para, para. Ele (Edison) só olhou pra mim e falou: sai fora. Se você não vier me ajudar, sai fora se não você é o próximo”, lembrou.

De acordo com o relato de Lucas Stumpf, ele se encontrou com a família Brittes em um shopping de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, dois dias depois do assassinato de Daniel. Na ocasião, Lucas afirmou que recebeu um beijo de Edison Brittes
“Eu já sabendo o que tinha acontecido, não tinha como olhar pra ele e não cumprimentar”.

Segundo Mineiro, Brittes seguiu se dirigindo a ele em tom de ameaça: “O elo tá fechado, se alguém abrir, vou saber quem foi”. A partir daí, Lucas, amedrontado, decidiu deixar a região de Curitiba.

Longe da capital paranaense, Lucas Mineiro faz tratamento psicológico. “Medo é o que descreve o que eu vivo. Tomo remédios, tenho depressão, o medo me tirou da cidade onde eu cresci. Ali eu vi como se a vida não tivesse valor nenhum”, disse a testemunha.
 
Daniel Correa foi revelado pelo Cruzeiro. Ele foi morto em outubro de 2018, aos 24 anos, em São José dos Pinhais, no Paraná. Na época, ele tinha contrato com o São Paulo e estava emprestado ao São Bento-SP. Tratado como grande talento desde os primeiros passos que deu no futebol, ele coleciona passagens por Botafogo, Coritiba e Ponte Preta. 

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