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FUTEBOL NACIONAL

Por temor de punição, clubes da Série A lançam campanha conjunta contra a homofobia

De acordo com o STJD, cânticos homofóbicos são passíveis de punição e podem causar até perda de pontos no tribunal

postado em 30/08/2019 18:35 / atualizado em 30/08/2019 19:18

<i>(Foto: Vasco/reprodução)</i>
Nesta sexta-feira, os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro lançaram uma campanha conjunta nas redes sociais contra a homofobia. Essa é uma tentativa de conscientizar os torcedores, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) informou que cânticos homofóbicos são passíveis de punição e podem causar até perda de pontos no tribunal.

"Clubes da Série A se unem pelo combate à homofobia, não somente em campo, mas no dia a dia. São inaceitáveis práticas ainda existentes em nossos estádios: temos que dar um basta!", postaram os clubes, simultaneamente, nas redes sociais.

Além desse texto, a campanha trouxe uma imagem com a seguinte mensagem: "Pior que prejudicar o seu time é cometer um crime. Grito homofóbico não é piada, muito menos cântico de torcida. Grito homofóbico é crime, dentro e fora dos estádios. Diga não à homofobia. Uma campanha dos clubes brasileiros". 

Atlético e Cruzeiro também participaram. Assim como em estádios de todo Brasil, em Minas é comum ouvir gritos homofóbicos em cânticos entoados pelas torcidas organizadas.

Há alguns anos, parte da torcida do Atlético também passou a gritar "bicha" no momento do jogo em que o goleiro adversário bate o tiro de meta. Essa prática, contudo, vem diminuindo e sendo contestada por alguns movimentos de atleticanos.

Em setembro do ano passado, o Atlético foi multado por gritos homofóbicos de sua torcidaNo dia 24 de agosto, o Atlético já havia alertado sua torcida sobre a gravidade dos cânticos. “Torcedor, não prejudique seu time! Gritos homofóbicos vindos das arquibancadas podem levar o clube à perda de pontos. O Atlético é o time de todos, e com todos juntos, seremos mais fortes!”, publicou o clube

O Bahia, equipe que tem feito forte trabalho de conscientização nas redes sociais, reuniu representantes da torcida para discutir os gritos homofóbicos nas arquibancadas nesta sexta-feira.

Já o Vasco publicou várias informações nas redes sociais sobre o tema. 

"Nossas arquibancadas devem receber bem pessoas de todos os níveis sociais, idades, origens, credos, raças, gêneros e orientações sexuais, unidas pela paixão comum ao futebol. São absolutamente inaceitáveis práticas discriminatórias ainda existentes em nossos estádios:temos que dar um basta! Movimentamos milhões de torcedores apaixonados e com grande potencial de engajamento.É nosso dever e responsabilidade promover, juntos, a tolerância e o respeito. Os clubes brasileiros estão unidos para combater qualquer ato de homofobia, seja em cantos, seja em xingamentos isolados. Unidos, somos invencíveis!", publicou o clube vascaino.

A preocupação do Vasco se faz entender pelo jogo do último fim de semana. A partida contra o São Paulo, disputada no dia 25 de agosto, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro, foi interrompida por alguns minutos por causa de cânticos de "time de veado" proferidos pela torcida vascaína


Manifestações homofóbicas poderão ser enquadradas no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: "Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

AS PENAS

Suspensão: Se o ato for praticado por algum jogador ou membro da comissão técnica, a punição pode ser de cinco a dez partidas. Se o autor tiver outro cargo no clube, a pena prevista é de quatro meses a um ano de suspensão, além de multa de R$ 100,00 a R$ 100.000,00.

Perda de pontos: O artigo diz que caso a infração "seja praticada simultaneamente por um número considerável de pessoas vinculadas" a um mesmo clube, a punição será a perda de três pontos, independentemente do resultado da partida.

Punição dobrada: Caso o clube seja reincidente, perderá seis pontos.

Indivíduos: Os torcedores identificados ficarão proibidos de ingressar na respectiva praça esportiva por no mínimo dois anos.






















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