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Wallace analisa ofertas e lamenta provável adeus: 'Última coisa que queria era sair do Cruzeiro'

Oposto do clube celeste tem propostas do Taubaté e do vôlei de Japão e Itália

postado em 13/04/2016 16:27 / atualizado em 13/04/2016 17:58

Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press
O Cruzeiro deverá perder o oposto Wallace para a próxima temporada do vôlei. Depois de sete anos defendendo as cores do clube celeste, o jogador, também titular da Seleção Brasileira, será forçado a deixar o Barro Preto já que teve a mudança de pontuação individual confirmada pelo ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) – apenas três atletas de cada clube podem ter nível sete, e a Raposa já conta com William, Leal e Isac, que também foi promovido neste ano. Ao Superesportes, nesta quarta-feira, Wallace confirmou que já analisa ofertas para deixar Minas Gerais.

“Tenho a proposta do Taubaté, tenho proposta de fora, e estou estudando. Hoje, quem me pagar mais eu estou saindo. Independentemente se for lá fora ou aqui. Hoje estou pensando mais na grana. Claro, se lá fora me oferecerem uma grana extraordinária, estou saindo. Se Taubaté chegar próximo de alguma coisa assim, também. Aqui (no Cruzeiro) é difícil, o ranking é muito complicado. Minha vontade foi sempre ficar aqui, mas é uma escolha: ou eu ou William”, disse Wallace.

O oposto concorda com a decisão do Cruzeiro de priorizar a renovação do contrato de William. Já Isac e Leal, que também têm pontuação sete no ranking da CBV, continuarão no clube mineiro por terem vínculos mais longos.

“Acho que é mais fácil arrumar um oposto com levantador muito bom, do que você achar um levantador muito bom com oposto mais ou menos. Eu não posso perder oportunidades nesse momento, porque não tem muitos times aqui no Brasil”, completou o jogador, que ainda não tem prazo para tomar uma decisão sobre seu futuro. “Minha situação nem é complicada, porque posso ficar aguardando”, ressaltou.

Além da equipe do interior paulista, Wallace desperta interesse de clubes estrangeiros. Ofertas feitas de mercados como Japão e Itália foram as que mais agradaram ao oposto cruzeirense. “São os dois que realmente me interessaram um pouco mais. Lógico, prefiro ficar no Brasil, se acontecer de receber mais ou menos a mesma coisa, ficaria aqui. A proposta do Taubaté ainda não chegou nem perto. Mas estou esperando para ver o que eles conseguem fazer, se conseguem melhorar um pouco. Tenho cartas na manga”, garantiu.

Carinho da torcida e balanço de trajetória vencedora

Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press
Se o ranking é o principal empecilho para manutenção de Wallace no Cruzeiro, a ferramenta criada pela CBV em 1992 também serve para comprovar a evolução do oposto, que chegou à Seleção Brasileira vestindo a camisa celeste. No começo de sua história pelo time do Barro Preto, em 2009, o oposto era apenas nível dois na listagem. Hoje, ele não perde para ninguém, tendo alcançado o nível sete, topo da relação.

“São sete temporadas muito vencedoras. Derrotas, vitórias, momentos bons, ruins, mas com a certeza de que o que fica são os momentos bons. 2013 ganhamos tudo, da mesma forma em 2015, 2016. É fácil jogar numa equipe dessas, quando você tem o levantador com o Willian, ponteiros como Leal, Filipe, centrais ótimos também. Dá gosto de jogar”, exaltou o jogador, que completará 29 anos em junho.

O carinho que recebe do torcedor é outro prêmio que Wallace levará de Belo Horizonte. A saída do Cruzeiro tem motivado inúmeras manifestações em redes sociais pedindo a permanência do oposto no Barro Preto. “Eles (torcedores) comentam, pedem para eu não sair de jeito nenhum. A última coisa que queria era sair. Só se os caras (diretoria do Cruzeiro) aparecem com uma carta na mão aí, dizendo que conseguiram me manter junto com o Willian, aí não tenha dúvida que vou ficar. É difícil me imaginar com camisa de outro time, mas são coisas que alguma hora acontecem e está acontecendo comigo agora”, disse.

Wallace foi bicampeão Mundial de Clubes (2013 e 2015), sendo o melhor atleta do torneio em 2013, vice-campeão no Catar (2012), tendo o melhor saque do campeonato, além de ter sido eleito o melhor oposto da competição em 2014. Foi bicampeão Sul-Americano (2014 e 2012), sendo o melhor oposto nas duas edições e também MVP em 2014 e vice-campeão em 2015, quando novamente foi eleito o melhor oposto. É tetracampeão da Superliga (2011/12, 2013/14, 2014/15 e 2015/16), sendo o melhor atacante em 2014/15 e maior pontuador em 2013/14. Campeão da Supercopa (2015), campeão da Copa Brasil (2014), tricampeão do Torneio de Irvine-EUA (2010, 2011 e 2014) e hexacampeão Mineiro (2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015).

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