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Com marca valorizada, Cruzeiro pede mais à Caixa para voltar a negociar patrocínio

Presidente admite que proposta da Caixa já é maior do que atual acordo com BMG

postado em 03/10/2013 10:30 / atualizado em 02/10/2013 22:55


A irrepreensível campanha do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro pode render ao clube um novo patrocinador na próxima temporada. De acordo com o presidente Gilvan de Pinho Tavares, a Caixa Econômica Federal, que já vinha demonstrando interesse em apoiar financeiramente o clube neste ano, pode fechar um acordo com valores mais elevados para 2014.

Gilvan explicou ao Superesportes que a pausa nas negociações com a Caixa, ocorrida em julho, foi uma estratégia do Cruzeiro para barganhar um contrato mais vantajoso para o futuro.

“A gente ficou sabendo valores que a Caixa assinou com grandes clubes do futebol brasileiro. A proposta que eles nos fizeram foi boa, foi melhor do que o contrato que já temos atualmente, mas a verdade é que achamos que os valores não eram condizentes com a posição atual do Cruzeiro na competição”, disse Gilvan.

O mandatário esclareceu que o clube passou a ser mais exigente em virtude dos resultados positivos na competição nacional e da consequente valorização da marca Cruzeiro. Assim, a diretoria aguarda uma contraproposta para retomar as negociações com o banco federal a partir do ano que vem.

“Quando a Caixa nos procurou, há mais tempo, o Cruzeiro tinha um nível na competição. Mas, com o comportamento da equipe atual, a marca valorizou demais. Então, a Caixa tem que fazer uma proposta melhor. Nós dissemos a eles que preferíamos deixar para estudar este contrato no ano que vem, quando a gente tem a possibilidade de estar numa posição mais digna, no nível de equipes de Rio e São Paulo que tiveram propostas muito melhores deles”, afirmou.

Ainda segundo Gilvan, a conquista do tricampeonato brasileiro será decisiva para os possíveis ajustes na oferta da Caixa. O mandatário também destacou que o retorno da equipe celeste à Copa Libertadores é mais um atrativo para os patrocinadores.

“Se conseguirmos o título brasileiro, evidentemente, nossa marca estará mais valorizada e eles terão que pagar mais. Disputando a Libertadores, também é a mesma coisa. A Caixa, colocando seu nome na nossa camisa, terá uma visibilidade muito maior. Hoje o Cruzeiro tem posição de destaque.”

Versão diferente da Caixa

Há pouco mais de dois meses, o Superesportes entrou em contato com a Caixa Econômica Federal e obteve uma versão diferente daquela apresentada pelo Cruzeiro para explicar a paralisação das negociações. De acordo com o superintendente nacional de marketing do banco, Gérson Bordignon, o acordo não foi fechado neste ano por opção da entidade, que tinha uma data limite a ser cumprida e negociava também com o Atlético.

"A gente tinha um prazo para fechar os contratos até julho, mas não houve acordo com os clubes mineiros. Não conseguimos fechar com Cruzeiro e Atlético a tempo. Como o Brasileiro está no meio, vamos deixar para o próximo ano. Há vários critérios em questão e os dois estampam a marca de um dos nossos concorrentes. Como o contrato deles vai até o fim do ano com esse banco, achamos melhor esperar 2014 para conversar novamente", afirmou.

O BMG, atual patrocinador máster, paga ao Cruzeiro cerca de R$ 12 milhões por ano. A proposta inicial da Caixa gira em torno de R$ 18 milhões anuais para duas temporadas. A instituição financeira federal já patrocina outros clubes do futebol brasileiro, entre eles Corinthians, Flamengo, Coritiba, Vasco, Atlético-PR e Avaí. O clube paulista recebe nada menos do que R$ 30 milhões pelo acordo anual. Já o Rubro-negro tem contrato no valor de R$ 25 milhões.

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