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Moreno faz suspense sobre futuro, mas admite que voltar ao Cruzeiro é possibilidade real

Mesmo que não acerte com a Raposa para 2017, boliviano disse que pretende encerrar a carreira no clube. Próximo destino só será anunciado no início de janeiro

postado em 30/12/2016 17:50 / atualizado em 24/12/2017 15:36

Rodrigo Clemente/EM D.A Press

Na lista de reforços do Cruzeiro para 2017, o atacante Marcelo Moreno fez suspense sobre o futuro. Em entrevista ao programa Facetas Deportivas, do canal boliviano FTV, o jogador falou sobre as propostas de contrato, citou o Corinthians como mais um interessado em seu futebol e disse que tomará a decisão depois do encerramento do vínculo com o chinês Changchun Yatai, até este sábado (31/12).

“Meu contrato acaba amanhã (31 de dezembro) com o Changchun. A partir daí poderei decidir o que fazer, se vou para outras ligas, se vou jogar no Cruzeiro ou no Corinthians, os times que me procuraram, ou o próprio Shakhtar que está aí (fez proposta). Veremos o que acontece. Preciso esperar o fim do meu contrato (31 de dezembro) para negociar com outro time”, afirmou.

Apesar do mistério em torno dos planos para o ano que vem, Moreno ressaltou seu carinho pelo Cruzeiro ao falar sobre o desejo de encerrar a carreira na Toca da Raposa II. “Com certeza seria o Cruzeiro. Seria no Brasil”, disse o boliviano, referindo-se ao lugar onde penduraria as chuteiras. O centroavante ainda colocou um de seus três anos em Belo Horizonte como o melhor da trajetória de 12 anos no futebol profissional. “Creio que foi em 2014, no Cruzeiro”. Naquela temporada, Marcelo Moreno marcou 24 gols em 57 jogos e ajudou o time a conquistar o Campeonato Mineiro e o Campeonato Brasileiro.

A identificação do jogador com a torcida celeste é um ponto favorável ao Cruzeiro. Autor de 45 gols em 93 partidas, Moreno é o maior artilheiro estrangeiro da história do clube. Em 2008, ele conquistou a única artilharia da carreira ao marcar oito gols na Copa Libertadores. O posto foi dividido com Salvador Cabañas, do América do México.

A diretoria azul formalizou a proposta ao boliviano há quase três semanas. Desde então, aguarda a resposta do atleta, que tem avaliado outras situações. Ele mesmo afirmou que o Changchun Yatai, com o qual ainda tem contrato, pretende estender o vínculo por mais duas temporadas. Contudo, o rendimento modesto dessa equipe na Superliga Chinesa – 10º lugar, em 2015, e 12º, em 2016 – pode ser empecilho para a conclusão do negócio. Enquanto isso, outros clubes chineses classificados à Liga dos Campeões da Ásia, além do ucraniano Shakhtar Donetsk, monitoram a situação. O time europeu, inclusive, já apresentou uma oferta a Marcelo Moreno.

Reprodução
“Tenho uma proposta do mesmo time, e para acertar lá basta dizer, ‘ah, vou ficar, quero ficar’, pois tenho uma proposta de dois anos. E tem um outro clube da China para seguir lá, uma referência, que jogará a Champions da Ásia. Isso sim me interessa. Gostaria de jogar o torneio para ganhar um campeonato importante. Não apenas ir pelo dinheiro, mas quero ganhar um titulo. Sou um jogador ganhador. Ganhei a Copa Uefa pelo Shakhtar, ganhei títulos onde passei, no Cruzeiro também. E é isso que te deixa na história de um clube. Quero ganhar algo na China, não quero ir para participar. Quero fazer história na China, quero um time para me encaixar e não ir só pelo dinheiro, mas sim porque quero ganhar”.

Há dois dias, o Shanghai Shenhua, quarto colocado na Superliga Chinesa de 2016, contratou o argentino Carlitos Tevez ao Boca Juniors. O gringo receberá o maior salário de um jogador de futebol no mundo: R$ 130 milhões por cada um dos dois anos de contrato. Perguntado se o seu destino poderia ser o mesmo de Tevez, Moreno não entrou muito em detalhes e reforçou o mistério em seu próximo passo na carreira. “Gostaria muito jogar ao lado do Carlitos. Mas o meu futuro vai ser surpresa”.

Leia alguns pontos abordados na entrevista de Marcelo Moreno à emissora boliviana FTV


Propostas

“Tenho uma proposta do mesmo time, e para acertar lá basta dizer, ‘ah, vou ficar, quero ficar’, pois tenho uma proposta de dois anos. E tem um outro clube da China para seguir lá, uma referência, que jogará a Champions de Ásia. Isso sim me interessa. Gostaria de jogar o torneio para ganhar um campeonato importante. Não apenas ir pelo dinheiro, mas quero ganhar um titulo. Sou um jogador ganhador. Ganhei a Copa Uefa pelo Shakhtar, ganhei títulos onde passei, no Cruzeiro também. E é isso que te deixa na história de um clube. Quero ganhar algo na China, não quero ir para participar. Quero fazer história na China, quero um time para me encaixar e não ir só pelo dinheiro, mas sim porque quero ganhar”.

Contrato com o clube atual

Meu contrato acaba amanhã (31 de dezembro) com o Changchun, e a partir daí poderei decidir o que fazer, se vou para outras ligas, se vou jogar no Cruzeiro ou no Corinthians, os times que me procuraram, ou o próprio Shakhtar que está aí (fez proposta). Veremos o que acontece. Preciso esperar o fim do meu contrato (31 de dezembro) para negociar com outro time.

Fica atraído pela MLS (Estados Unidos)?

“Sim, mas mais adiante. Sim, já me procuraram, agora também. Mas tem que ver o que você quer: comodidade, jogar uma Champions, voltar ao Brasil, estar na Ásia. Tem que se decidir pelo que você deseja”.

Será seu último grande contrato?

“Espero que não (risos). Espero que eu tenha outros contratos pela frente ainda. Antes, anos atrás, eu dizia que queria parar com 32 anos, mas não, hoje, com mais experiência, vejo que posso jogar até mais tarde. Eu me cuido muito e isso faz a diferença, é muito importante. Tem um jogador que é meu exemplo que é Zé Roberto. Ele está no Palmeiras e creio que tem 42 anos e está mais marcado (tanquinho) que eu. É um jogador que se cuida, tem disciplina. Joguei com ele no Grêmio e é um profissional incrível”.

Onde gostaria de encerrar sua carreira?

“Com certeza no Cruzeiro. Seria no Brasil. Na Bolívia, bem, gostaria de atuar novamente pelo Oriente Petrolero”.

Jogaria no Corinthians?

“Tive uma proposta e depois não soube o que passou. Tenho que conversar com meu empresário para ver o que vai acontecer”.

Melhor temporada

“Creio que foi 2014, no Cruzeiro”.

Experiência na China

“Muito difícil estará. Para estar em alto nível, tem que ter muita disciplina”.

“Os chineses são excepcionais, me trataram muito bem, muitas vezes o idioma te complica muito. Eles não falam bem o inglês. O chinês não falo bem, em russo me defendo um pouco, mas é difícil estar na China se você não quer se adaptar. Você vai, acha que vai ser fácil, acha que vai se adaptar fácil sem treinar, e isso não funciona”.

“O gosto da comida chinesa, é diferente, tem um tempero incrível, mas o mais difícil é o idioma. Por isso, você precisa de tradutor para tudo. Eles me dão um tradutor 24h, te dão de tudo para você treinar e jogar. Isso é o bom da China. Mas o difícil é estar longe da família, dos amigos, estar do outro lado do mundo. Você leva seus amigos, mas é por um bom motivo, é pelo futuro da sua família”.

Jogar com Tevez

“Gostaria muito jogar ao lado do Carlitos. Mas o meu futuro vai ser surpresa”.

Pré-temporada

“Na China, já teria que me apresentar em 10 de janeiro (o campeonato local, que conta com 16 clubes, começará em 8 de março). No Brasil já começaria a treinar no dia 5. Pretendo viajar, começar o ano para estar bem fisicamente, porque também há jogos da Seleção Boliviana em março e quero estar pronto”.

Assista ao vídeo na íntegra (é preciso estar conectado ao Facebook)


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