Em recuperação, Raphael Assunção lamenta tempo inativo e pede revanche contra campeão

Afastado do octógono desde outubro de 2014, Raphael Assunção passa por período de recuperação depois de cirurgia para implantação de parafusos no tornozelo direito. Ele lamentou o longo tempo inativo, que lhe tirou a chance de disputar o cinturão, mas já pensa em uma revanche contra o atual campeão peso galo, o norte-americano TJ Dillashaw.

Raphael Assunção foi operado há duas semanas para fixação de placa de titânio e oito parafusos no tornozelo. Ele sofreu fratura no local em janeiro deste ano e foi submetido a diversos tratamentos para evitar a cirurgia, o que não foi possível. Foram seis semanas com uma bota ortopédica, mais seis engessado e ainda mais 42 dias sem encostar o pé no chão, enquanto fazia terapia com estimulador elétrico para os ossos. Mas de nada adiantou e só restou a intervenção cirúrgica.

“Fui tentando fazer todos os tratamentos que os doutores mandavam fazer e, no fim das contas, não sarou como deveria. Foi complicado, porque se eu tivesse operado quando quebrei, já estaria praticamente curado em oito semanas. Foram quatro tratamentos de seis semanas (cada). Foi bem frustrante. Os doutores queriam evitar a cirurgia por eu estar praticamente sarado. Eu estava clinicamente curado, andava e treinava normalmente, mas a radiografia ainda mostrava a linha no osso”, afirmou.

“Voltar a andar agora é até um sonho”, dramatizou o pernambucano, lamentando a longa ausência do octógono. Ele está afastado desde a vitória diante de Bryan Caraway, por decisão unânime, em Halifax (EUA), a sétima consecutiva do brasileiro, que estava cotado para disputar o cinturão e acabou prejudicado pela lesão que resultou na inatividade.

Número 3 no ranking peso galo do UFC, Raphael Assunção espera retornar já com uma chance para disputar o cinturão, em revanche contra TJ Dillashaw. Ele venceu o atual campeão em Barueri, em outubro de 2013, em apertada decisão dividida dos juízes. E torce para um reencontro, dessa vez valendo o título, mas aceitará a escolha da organização sobre o adversário.

“Pelos meus cálculos, não tem muito oponente que faz sentido, apesar de eu querer a luta pelo cinturão. Acho que uma luta que faria sentido seria a luta pelo cinturão. Tenho história a resolver com o Dillashaw ainda. Quero uma revanche com ele, ainda mais agora que ele é o campeão, mas se não for como planejado, eu luto com qualquer lutador que estiver em uma sequência legal. Tem alguns lutadores que conseguiram uma sequência de vitórias, mas não como a minha. Não tenho preferência”, comentou.