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Artilheiro 'improvável' do Cruzeiro, meia Rafinha ganha elogios de Mano Menezes: 'Perfeito no cumprimento das funções'

'Motor do time', camisa 18 é o goleador do time, com cinco gols em sete jogos

postado em 18/02/2018 18:00 / atualizado em 18/02/2018 23:03

Alexandre Guzanshe/EM D.A Press
Em grande fase artilheira, Rafinha marcou cinco gols em sete partidas no Campeonato Mineiro
O meia Rafinha, de 34 anos, nunca foi um goleador nato na carreira, mas especialmente neste início de temporada tem surpreendido positivamente. Ao marcar na vitória por 1 a 0 sobre o Villa Nova, nesse sábado, no Mineirão, o jogador chegou a cinco tentos em sete partidas e se manteve na artilharia do Campeonato Mineiro. O bom momento rendeu elogios por parte do técnico Mano Menezes, que destacou outras virtudes do atleta além da "fase de camisa 9".

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“Rafinha jogou no ano passado, se não me engano, 48 jogos (na verdade foram 55). E 48, numa temporada de 70 (partidas), é para um jogador considerado titular. Taticamente é um jogador perfeito no cumprimento das funções que lhes são atribuídas. E neste ano está nos surpreendendo positivamente com esse faro de artilheiro que eu não sabia que ele tinha tanto. O futebol é assim, você precisa respeitar aquilo que está acontecendo dentro de campo e ser justo com os jogadores. É isso que o jogador respeita do técnico: ser justo com as coisas que são coerentes dentro de campo. Aí não tem problemas de relacionamento”.

Esperava-se que Fred, principal contratação do Cruzeiro em 2018, fosse o artilheiro do time no Estadual. O centroavante, contudo, balançou a rede apenas uma vez, tal como o lateral-esquerdo Marcelo Hermes e os meias Mancuello, Robinho, Arrascaeta e Thiago Neves. Mano Menezes espera que Rafinha, considerado o "motor da equipe", continue aproveitando o bom momento particular.

“Correr ele sempre correu muito. O Rafinha foi meu jogador no Grêmio, em 2006. Foi formado no São Paulo e emprestado para a gente. Já era o 12º da equipe e sempre entrava bem. É um jogador com característica de não demorar a entrar no jogo, o que é importante para um técnico quando precisa. Agora ele está mais experiente. Antes servia para os outros. Agora a bola está sobrando para ele. Como exemplo, o último lance do jogo. A bola foi chutada, o goleiro deu rebote e sobrou para quem? Para o Rafinha (chutou para fora). O futebol é assim, tem seus momentos e a gente respeita muito isso”.

Líder do Estadual, com 19 pontos, o Cruzeiro se reapresenta para os treinamentos na manhã desta segunda-feira, às 10 horas, na Toca da Raposa II. Mano Menezes começará a preparar o time para o duelo com o Boa, às 16h30 do próximo sábado, no Mineirão, pela oitava rodada do Mineiro. Já na terça-feira, dia 27, a equipe celeste pegará o Racing-ARG às 21h30 (de Brasília), em Avellaneda, na Argentina. Será o duelo de estreia no Grupo 5 da Copa Libertadores.

Relembre, abaixo, outros artilheiros "improváveis" do Cruzeiro

Artilheiros improváveis do Cruzeiro

  • Geraldão (zagueiro): dividiu a artilharia do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 1986 com o ponta-direita Robson, com seis gols. No caso do defensor, foram três tentos de falta, um de pênalti e dois com a bola rolando. Na competição, o time celeste ficou em oitavo lugar entre 48 participantes.
  • Paulo Roberto Costa (lateral-direito): foi artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 1992, com seis gols, sendo cinco de falta e um de pênalti. Na competição, o ex-camisa 2 disputou 21 jogos. O time celeste ficou em oitavo lugar entre 20 participantes.
  • Paulo Isidoro (meia): foi artilheiro da Copa dos Campeões Mineiros de 1999, com cinco gols, num elenco que tinha Alex Alves, Marcelo Ramos, Müller e outros atletas com histórico de muitos tentos na carreira. O Cruzeiro conquistou o torneio estadual.
  • Kelly (meia): fez 16 gols em 40 jogos no Campeonato Brasileiro de 2005, no qual o Cruzeiro conseguiu a oitava colocação entre 22 participantes. No grupo estrelado havia centroavantes em alta, como Fred (10 gols) e Alecsandro (11 gols).
  • Wagner (armador): encerrou o Campeonato Brasileiro de 2006 com 11 gols em 32 jogos, desbancando os centroavantes Elber (6 gols) e Alecsandro (5 gols). O Cruzeiro ficou em 10º lugar entre 20 participantes.
  • Thiago Ribeiro (atacante): encerrou a Libertadores de 2010 como artilheiro geral, com oito gols, e chegou a 23 em toda a temporada. De certa forma, o número foi surpreendente, já que Thiago havia feito apenas 13 gols em seus dois primeiros anos de clube, em 2008 e 2009.
  • Wallyson (atacante): depois de fazer apenas três gols pelo Cruzeiro no Brasileiro de 2010, o atacante velocista se tornou protagonista em 2011 e foi o artilheiro geral da Copa Libertadores, com oito tentos. A Raposa foi eliminada da competição nas oitavas de final. Nessa temporada, Wallyson marcou 17 vezes.
  • Arrascaeta (meia): num elenco que contava com Ramón Ábila, Rafael Sobis, Willian e outros, o camisa 10 foi o goleador celeste no Brasileiro de 2016, com nove gols em 31 jogos.
  • Rafinha (meia): chegou a cinco gols em sete jogos no Campeonato Mineiro de 2018. Somente neste ano, conseguiu igualar os números obtidos nas duas temporadas anteriores pelo clube (cinco gols em 76 partidas).
  • Arquivo/EM D.A Press
    Geraldão (zagueiro): dividiu a artilharia do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 1986 com o ponta-direita Robson, com seis gols. No caso do defensor, foram três tentos de falta, um de pênalti e dois com a bola rolando. Na competição, o time celeste ficou em oitavo lugar entre 48 participantes.
  • Arquivo/EM D.A Press
    Paulo Roberto Costa (lateral-direito): foi artilheiro do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 1992, com seis gols, sendo cinco de falta e um de pênalti. Na competição, o ex-camisa 2 disputou 21 jogos. O time celeste ficou em oitavo lugar entre 20 participantes.
  • Arquivo/EM D.A Press
    Paulo Isidoro (meia): foi artilheiro da Copa dos Campeões Mineiros de 1999, com cinco gols, num elenco que tinha Alex Alves, Marcelo Ramos, Müller e outros atletas com histórico de muitos tentos na carreira. O Cruzeiro conquistou o torneio estadual.
  • Arquivo/EM D.A Press
    Kelly (meia): fez 16 gols em 40 jogos no Campeonato Brasileiro de 2005, no qual o Cruzeiro conseguiu a oitava colocação entre 22 participantes. No grupo estrelado havia centroavantes em alta, como Fred (10 gols) e Alecsandro (11 gols).
  • Arquivo/EM D.A Press
    Wagner (armador): encerrou o Campeonato Brasileiro de 2006 com 11 gols em 32 jogos, desbancando os centroavantes Elber (6 gols) e Alecsandro (5 gols). O Cruzeiro ficou em 10º lugar entre 20 participantes.
  • Arquivo/EM D.A Press
    Thiago Ribeiro (atacante): encerrou a Libertadores de 2010 como artilheiro geral, com oito gols, e chegou a 23 em toda a temporada. De certa forma, o número foi surpreendente, já que Thiago havia feito apenas 13 gols em seus dois primeiros anos de clube, em 2008 e 2009.
  • Arquivo/EM D.A Press
    Wallyson (atacante): depois de fazer apenas três gols pelo Cruzeiro no Brasileiro de 2010, o atacante velocista se tornou protagonista em 2011 e foi o artilheiro geral da Copa Libertadores, com oito tentos. A Raposa foi eliminada da competição nas oitavas de final. Nessa temporada, Wallyson marcou 17 vezes.
  • Arquivo/EM D.A Press
    Arrascaeta (meia): num elenco que contava com Ramón Ábila, Rafael Sobis, Willian e outros, o camisa 10 foi o goleador celeste no Brasileiro de 2016, com nove gols em 31 jogos.
  • Arquivo/EM D.A Press
    Rafinha (meia): chegou a cinco gols em sete jogos no Campeonato Mineiro de 2018. Somente neste ano, conseguiu igualar os números obtidos nas duas temporadas anteriores pelo clube (cinco gols em 76 partidas).
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