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Edilson diz que Cruzeiro está 'quebrado' e vê má gestão como principal motivo do rebaixamento

Lateral-direito não deverá seguir na Toca da Raposa II em 2020

postado em 05/01/2020 06:00 / atualizado em 04/01/2020 16:47

(Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)
Apontado pela torcida como um dos grandes vilões do rebaixamento do Cruzeiro à Série B do Campeonato Brasileiro, o lateral-direito Edilson não deverá seguir no clube em 2020. Apesar disso, em entrevista à Rádio Liberdade FM, do Rio Grande do Sul, o camisa 2 falou pela primeira vez sobre a queda da Raposa. Ele indicou que o principal motivo para a queda foi a má administração

“Primeiro, sempre falam de bastidores, de quem não entende muito, que faltou vontade. Não existe isso. Jogador sempre vai entrar para vencer. Foi uma sucessão de erros, também da parte administrativa, que afetou os jogadores. Time grande, quando entra numa situação dessas, é sempre muito mais difícil para sair”, garantiu. 

Temos jogadores alí na frente que estão acostumados com o glamour de marcar gols, com o ego lá em cima. E quando esses jogadores não fazem gols, é difícil recuperar a confiança deles. Isso nos atrapalhou muito. Acredito que a responsabilidade foi geral. Foi dos jogadores, comissão técnica e muito mais da parte administrativa. Quando você tem uma empresa, se você não faz boa gestão, ela vai acabar falindo, ela vai acabar quebrando. E foi o que aconteceu lá. Foi uma sucessão de erros e levaram o Cruzeiro a essa situação que está neste momento”, complementou.

Edilson, vale lembrar, sempre foi um dos grandes defensores do ex-vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado. Responsável pela contratação do lateral-direito, o ex-dirigente também sempre foi muito próximo do camisa 2. Em declarações públicas ou nos bastidores, um sempre exaltou o trabalho do outro.

A tendência é que Edilson retorne ao Grêmio em 2020. Na mesma entrevista, o lateral-direito declarou que esse seria “o grande momento” para voltar ao Tricolor Gaúcho em função de “tudo o que vem acontecendo”. O Cruzeiro não deverá criar grandes empecilhos para a negociação, uma vez que os salários de Edilson ultrapassam, e muito, o teto de R$ 150 mil imposto pelo Núcleo Dirigente Transitório, que administra a Raposa.

De acordo com informações de fontes ligadas ao negócio, que está avançado, foi o próprio Edilson que fez contato com Renato Gaúcho, técnico do Tricolor, pedindo nova oportunidade. A contratação de um lateral-direito estava na pauta do clube e, por isso, as tratativas avançaram. Ainda há certa resistência de parte da direção gaúcha, mas o interesse do treinador deverá prevalecer.

Edilson chegou ao Cruzeiro no início de 2018, meses após vencer a Copa Libertadores pelo Grêmio. Anunciado como uma das principais contratações do início da “era Wagner Pires de Sá” - presidente que acabou renunciando ao cargo após suspeitas de corrupção -, ele não conseguiu repetir a regularidade que teve no Sul. Com a camisa celeste foram 66 jogos (28 em 2019) e um gol marcado.

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