Cruzeiro
None

CRUZEIRO

Cruzeiro: Dedé ainda não está apto para jogar, atesta perícia médica

Laudo aponta que zagueiro pode realizar treinos individuais e coletivos

postado em 20/05/2021 10:13 / atualizado em 20/05/2021 11:10

(Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)

A perícia médica determinada pela Justiça do Trabalho no processo de Dedé contra o Cruzeiro atestou que o zagueiro está apto a realizar treinos individuais e coletivos. O aval para o retorno aos gramados dependerá do desempenho do jogador nos treinamentos. Ele não joga há 18 meses por conta de lesão no joelho direito,  A informação foi divulgada inicialmente pela rádio Itatiaia, nesta quinta-feira. 

A determinação judicial para a perícia médica faz parte do processo em que o Dedé cobra R$ 35,2 milhões do Cruzeiro - por salários em atraso, verbas rescisórias, FGTS, 13º, entre outros direitos (veja lista completa ao fim da reportagem). 

A avaliação clínica do zagueiro chegou a ser remarcada a pedido do Cruzeiro,  que não compareceu à sessão agendada inicialmente, em abril, alegando não ter recebido a notificação a tempo. 

Dedé não disputa uma partida oficial desde 19 de outubro de 2019, quando o Cruzeiro venceu o Corinthians por 2 a 1, em São Paulo, pela 27ª rodada do Brasileirão. Na ocasião, ele machucou o joelho e precisou ser substituído por Cacá. Posteriormente, tentou tanto o tratamento conservador quanto o cirúrgico, porém não alcançou as condições ideais para voltar a jogar.


Liminar


No dia 22 de fevereiro, Dedé conseguiu uma liminar para rescindir o contrato com o Cruzeiro válido até dezembro de 2021. O clube, porém, em 11 de março, obteve mandado de segurança para derrubar a decisão anterior. O clube alegou que o atleta está com vínculo suspenso por causa da recuperação da lesão no joelho direito. A perícia médica foi determinada pela Justiça em 19 de março para atestar as condições físicas e clínicas do defensor de 32 anos.

Antes, em 28 de janeiro, o jogador não conseguiu o mandado de segurança solicitado e ainda foi condenado a arcar com as custas do processo, no valor de R$ 277.813,33, calculadas sobre R$ 13.890.666,70 atribuídos à causa - considerando a soma de verbas rescisórias (R$3.390.666,66) e cláusula compensatória (R$10.500.000,00). Na petição inicial, datada de 4 de janeiro, o atleta pleiteava R$ 35.258.058,64.
 
O juiz Paulo Pires, responsável pela decisão, ainda lamentou o argumento dos representantes legais de Dedé, que afirmaram que o jogador estaria submetido a “permanecer como um escravo no Cruzeiro por não receber salários há vários meses. 
 
Conforme o magistrado, a remuneração de R$ 750.000,00 foi paga ao reclamante ao menos de maneira parcial ao longo dos anos. Além disso, ele citou “o crítico momento socioeconômico por que passa a esmagadora maioria da população brasileira”, na luta para receber “salário mínimo de R$1.100,00” em meio à pandemia de COVID-19 que “vem assolando o mundo”.


Dedé no Cruzeiro 


Contratado por R$14 milhões ao Vasco, em abril de 2013, Dedé conquistou sete títulos pelo Cruzeiro: dois Campeonatos Brasileiros (2013 e 2014), duas Copas do Brasil (2017 e 2018) e três Campeonatos Mineiros (2014, 2018 e 2019). Em oito anos no clube, o zagueiro esteve em campo em 188 oportunidades e marcou 15 gols. Sua sequência foi prejudicada por lesões nos dois joelhos, a ponto de atuar em apenas 12 ocasiões de 2015 a 2017.  

Valores que Dedé cobra do Cruzeiro


Salários em atraso - R$ 13.782.000,00

Verbas rescisórias - R$ 3.390.666,66

Cláusula compensatória - R$10.500.000,00

FGTS - R$704.400,00

Reflexos incidentes sobre o 13º salário - R$1.032.000,00

Reflexos incidentes sobre 1/3 de férias - R$ 1.045.333,32

Reflexos incidentes sobre FGTS - R$ 1.053.658,66

Indenização por danos morais - R$ 3.750.000,00



Tags: cruzeiro dedé interiormg