Lucas Mineiro fala sobre luta com Alex White: "Ele vai beijar a lona pela primeira vez"

Túlio Kaizer, José Cândido Junior e Vicente Ribeiro, do Superesportes

Lucas Martins voltará ao octógono do UFC após dez meses. Depois de ser afastado de alguns combates por causa de uma série de lesões, o Mineiro, como é conhecido, enfrentará Alex White, nesta quarta, na edição Fight Night no Revel Casino, em Atlantic City, Nova Jersey.

O adversário foi uma novidade para Lucas Mineiro. O lutador de Montes Claros enfrentaria Jim Alers, mas o rival se lesionou, cedendo espaço para Alex White, que, segundo o brasileiro, tem o mesmo estilo de luta que ele, o que facilitaria a parte da trocação na hora da luta.

Em entrevista exclusiva ao Superesportes, Lucas Mineiro falou sobre a invencibilidade do rival e a categoria dos penas, que tem como campeão o manauara José Aldo. “José Aldo já varreu a categoria e para mim, ele deveria subir para os leves”, disse o lutador.

Confira a entrevista completa de Lucas Mineiro ao Superesportes

Você vem de um longo tempo inativo. Acha que isso pode te atrapalhar nesta luta?
Vim de um ano meio parado, mas estava treinando forte, mesmo com as lesões. Tem seis, sete meses que estava treinando forte, como se fosse lutar dentro de uma semana. Estou preparado para a luta.

A mudança de adversário afetou sua preparação?
Com certeza afetou, mas não muito, por ele ser um cara da trocação e estou mais acostumado com isso, pois minha especialidade é o muay thai. A única coisa que atrapalhou foi que ele é canhoto, então troca a base de luta. Mas está tranquilo.

Qual a estratégia para a luta contra o Alex White?
Como ele é da trocação e eu também, vou andar para frente sempre, mantendo a minha origem. Vou procurar o nocaute o tempo todo.

Você vai para a quarta luta no UFC e lutará pela terceira categoria diferente. Qual o motivo dessas mudanças?
Eu entrei no UFC faltando 15 dias para uma luta contra o Edson Barboza (acabou perdendo), entrei para tampar buraco na categoria dos leves (70 kg). Minha categoria sempre foi a dos penas (66 kg), mas o UFC não deixou eu descer porque a categoria estava lotada. Tive que descer para os galos (61 kg), só que tive uma perda de peso muito drástica. Depois de um ano no UFC, a organização percebeu que eu estava perdendo muito peso e me lesionando nos treinamentos e decidiu me colocar entre os penas.

Será sua estreia fora do país. Qual a expectativa?
Tenho uma expectativa muito grande. Adoro lutar no Brasil, com a torcida do meu lado, mas ter um reconhecimento fora do país é importante. Primeira vez que eu to nos Estados Unidos para lutar. Isso é muito importante para mim e espero abrir essa porta com chave de ouro.

Acredita que uma boa vitória lhe coloque no top 15 dos penas?
Com certeza. Vou pegar um cara que não perdeu em suas dez lutas. Se Deus quiser, será a primeira vez que ele vai beijar a lona. Meu objetivo é ser top 10 ainda neste ano.

Você ainda tem vontade de enfrentar o Bryan Caraway?
Isso era um ‘fogo’, que já passou. Subi de categoria e vou pensar no pessoal da minha categoria. Não tenho mais vontade de enfrenta-lo.

Como você vê a categoria dos penas atualmente?
É uma categoria dura, que tem atletas bons. O campeão José Aldo já varreu a categoria e para mim, ele deveria subir para os leves. Tem muito cara bom, mas tem muito lutador no ranking que eu poderia bater para chegar ao top 10.