Atrás de substituto para Luxemburgo, Cruzeiro tem alas a favor de Mano e Adilson Batista

Depois da reestruturação do departamento de futebol, com as demissões do diretor Isaías Tinoco e do técnico Vanderlei Luxemburgo, o Cruzeiro começa a negociar nos bastidores a contratação de um novo comandante.

O presidente Gilvan de Pinho Tavares já adiantou que terá cautela para anunciar o novo treinador e o escolherá em consenso com o novo vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin.

Dos técnicos disponíveis no mercado, os favoritos são Mano Menezes e Adílson Batista.

Mano está sem clube desde que deixou o Corinthians, no fim de 2014. Recentemente, ele foi cotado para assumir o Internacional, mas descartou um acerto por não ter a simpatia do presidente colorado Vitorio Piffero.

Por ter experiências consistentes, como à frente de Grêmio, Corinthians e Seleção Brasileira, Mano é visto com bons olhos pela diretoria cruzeirense. Ele quase foi anunciado pelo Cruzeiro no início de 2008, quando estava no Grêmio, mas descartou o clube mineiro para acertar com o clube paulista, que jogaria a Série B do Brasileiro.

Mano disse na época que o “projeto Corinthians” era irrecusável, justamente por saber que o acesso à Série A, naquele ano, daria a ele muita projeção. E foi justamente o que ocorreu.

Diante da negativa de Mano Menezes em 2008, o então presidente Alvimar de Oliveira Costa fechou com Adílson Batista, que foi bicampeão mineiro e vice da Copa Libertadores.

Mano começou sua carreira no Caxias, em 2004, mas logo se transferiu ao Grêmio, em 2005, onde conquistou a Série B daquele e os Campeonatos Gaúchos em 2006 e 2007. Em 2008, já no Corinthians, foi campeão da Série B. Em 2009, faturou uma Copa do Brasil e um Paulista em 2009.

O bom trabalho em São Paulo alçou o técnico à Seleção Brasileira, em 2010. No cargo, Mano venceu dois Superclássicos das Américas, conquistados em 2011 e 2012, mas não chegou ao objetivo principal que era a disputa da Copa do Mundo no Brasil, em 2014. Foram 40 jogos, 27 vitórias, 6 empates e 7 derrotas – aproveitamento de 72%.

Em seguida, Mano dirigiu o Flamengo em 2013, onde pediu demissão por não conseguir transmitir suas ideias do futebol ao elenco, e voltou em 2014 ao Corinthians, onde não teve o vínculo renovado.

O treinador deixou o Flamengo com 50% de aproveitamento. Em 22 partidas, com nove vitórias (incluindo um amistoso contra o São Paulo), seis empates e sete derrotas. Sob o comando dele, o time não conseguiu sequer duas vitórias consecutivas.

Nessa segunda passagem pelo Corinthians, Mano Menezes comandou o Corinthians em 63 partidas, com 33 vitórias, 15 empates e 15 derrotas. Terminou o Brasileiro na 3ª posição, foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil pelo Atlético e caiu na primeira fase do Campeonato Paulista.

Adilson Batista tem apoio importante

Adilson Batista é outro nome forte na Toca da Raposa II. Um dos seus apoiadores é Pedro Lourenço, conselheiro influente e dono da rede Supermercados BH, novo patrocinador máster do Cruzeiro.

O técnico é bem visto por ter identificação com o clube, com a torcida e por ter um salário mais baixo que Mano.

Pesam contra Adilson Batista insucessos recentes no futebol e o fato de Gilvan ter tentado a contratação dele uma vez, em 2012, e ele ter recusado. Na ocasião, o treinador tinha acabado de assumir o Atlético-GO e preferiu honrar o compromisso com o clube goiano. O presidente nunca escondeu de conselheiros que ficou chateado com a 'negativa'.

Adilson Batista deixou o Cruzeiro em junho de 2010, depois de comandar o clube por dois anos e meio. Foram 170 jogos, 97 vitórias, 34 empates e 39 derrotas. O técnico deixou o clube com 63,7% de aproveitamento.