"Quero pedir desculpas ao González pela falta, não foi com nenhuma intenção de machucá-lo. Sou um boa pessoa e nunca tive um acontecimento dessa maneira. Acho que foi desmedido. Reconheço que errei, não sou uma pessoa violenta e nunca tive nenhuma reação assim", declarou o jogador ao site oficial do Cruzeiro.
Romero recebeu o cartão vermelho direto aos 27 minutos do segundo tempo no Couto Pereira. O volante disputou a posse da bola com González e, após derrubar o rival, pisou com as travas da chuteira nas costas do meio-campista. O lance foi enquadrado no artigo 254-A (prática de agressão física durante a partida), e o argentino poderá receber pena de quatro a 12 jogos.
Segundo prevê o artigo, a suspensão será em número de partidas (de quatro a 12), se a agressão for "praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de 30 a 180 dias, se praticada por qualquer outra pessoa natual submetida a este código. Ao Superesportes, o procurador-geral do STJD, Paulo Schimitt, afirmou que a jogada se tratou de uma agressão proposital, contra um adversário caído e sem chances de se defender.
"Sou um jogador que sempre joga forte, mas sempre na bola, nunca fui mal intencionado. Tenho mais de 100 jogos como profissional no Vélez Sarsfield, no Cruzeiro e na Seleção Argentina e apenas três expulsões, e foram por situações normais de jogo, nunca tinha tido sido dessa forma. Reconheço que agi mal, mas não sou um jogador violento e as pessoas que me conhecem sabem como eu sou, por isso reitero o meu pedido de desculpas, primeiramente ao González, e também ao torcedor cruzeirense por ter agido daquela maneira", afirmou o volante cruzeirense.
Punição severa?
Em enquete realizada pelo Superesportes entre 16 e 19 de maio e disponibilizada apenas na seção do Cruzeiro, 50% dos 4.600 votos computados foram a favor de punição severa do STJD e cobrança de multa do clube mineiro. Para 28%, o volante deve receber pena moderada. Os outros 22% são a favor de punição leve a Romero.