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Entenda como o Cruzeiro se tornou um dos times mais 'mordedores' do Brasil em 2017

Equipe é a que mais desarma nas duas competições nacionais que disputa

postado em 03/06/2017 08:00 / atualizado em 04/06/2017 17:06

Marcio Cunha / Light Press Cruzeiro
O histórico rótulo de time técnico, rápido e dominante tem dado lugar a outras características marcantes no Cruzeiro em 2017. Quando necessário, a equipe do técnico Mano Menezes tenta, sim, impor o próprio ritmo à partida. O fundamento em que o time mais se destaca, entretanto, se faz presente no momento defensivo: o desarme.
 
Não à toa, o Cruzeiro pode ser classificado como uma das equipes mais “mordedoras” do futebol nacional. Afinal, o time azul é também o primeiro colocado no ranking de desarmes após três rodadas de competição*. Na Copa do Brasil, o desempenho nesse quesito também é superior ao de todos os rivais do torneio.
 
Nos jogos contra Santos e Chapecoense, Mano Menezes adotou um esquema tático com três volantes: Henrique, Ariel Cabral e Hudson. Entretanto, engana-se quem pensa que o número alto de desarmes se deve à adoção de um sistema teoricamente “mais defensivo”.
 
A quantidade de roubadas de bola até aumentou nas duas últimas partidas - 20 em média, contra 17,6 somados os números de todos os jogos do time nas duas competições nacionais.
 
Mas o bom desempenho na marcação acompanha a equipe desde o início do ano, seja com um, dois ou três volantes. Ou seja: a busca constante por recuperar a bola é uma característica intrínseca ao time de 2017, e não necessariamente a apenas um ou outro jogador.


"Futebol começa com bom posicionamento. Se tiver mal posicionado, sempre chega uma fração de segundos atrasado. E a equipe está bem posicionada, seja qual for a escolha que faz para iniciar o jogo. Tem a ver com a característica de meio-campo, óbvio. Mas acho que podemos aliar um desarme excelente com uma organização final de jogada ofensiva um pouco melhor, para que essa chegada se transforme em mais gols", analisou Mano Menezes. 


Série A
 

No Brasileirão, foram impressionantes 62 desarmes - média de 20,6 por partida. A equipe celeste lidera o ranking no quesito, seguida de perto pelo Vasco (61). Se contabilizados os números dos 40 times das séries A e B, apenas o ABC (65) recuperou a posse de bola mais vezes que o Cruzeiro após três rodadas.
 
Diogo Barbosa e Hudson, com 12 desarmes cada, possuem os melhores números do time. Eles estão atrás apenas de Gilberto e Jean, do Vasco, e Marcão Silva, do Atlético-GO, que têm 13 roubadas de bola neste início de campeonato.
 
E o desempenho nos desarmes tem dado resultado: a equipe sofreu apenas um gol no Brasileirão até aqui. O rendimento tem animado o time, que está no topo da Série A. Os rivais que dividem a primeira posição com o Cruzeiro, entretanto, recuperaram a bola bem menos vezes: 53 (Corinthians) e 39 (Chapecoense).
 
Copa do Brasil
 
O Cruzeiro é o “intruso” nas quartas de final da Copa do Brasil. Afinal, a equipe celeste é a única entre as oito “sobreviventes” que não disputou a Libertadores nesta temporada.
 
E o desempenho tem justificado os bons resultados na competição. Em oito jogos, o Cruzeiro eliminou times como São Paulo e Chapecoense. Na campanha até aqui, acumulou 132 desarmes - o maior número entre os times da Copa do Brasil. Em média, são 16,5 roubadas de bola por partida.
 
O argentino Ariel Cabral lidera essa estatística no torneio. Foram 27 desarmes, contra 26 do colorado Rodrigo Dourado. Hudson (15) divide a quarta colocação do “ranking” com Júnior Tavares, do São Paulo. Rafinha (13) e Diogo Barbosa (11) também aparecem no “top 10” do quesito na Copa do Brasil.
 
Total
 
Somando-se os números das duas competições, foram 184 desarmes do Cruzeiro em 11 partidas - média alta de 17,6. Recuperar a bola e impedir a posse do adversário, claro, não significa necessariamente vencer partidas e conquistar títulos. Entretanto, é um passo importante para reduzir o risco de sofrer gols - algo tão valorizado por Mano Menezes.
 
-Todos os números foram coletados pelo Footstats

* estagiário sob supervisão do editor Bruno Furtado

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