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Locutor que anunciou recorde de público relembra tarde de emoção no Mineirão Eu fui em 1997! Relatos de cruzeirenses que estiveram entre os 132.834 no Mineirão Nonato relembra papel de 'mensageiro' ao relatar recorde de público ao time do Cruzeiro em 1997 Um dia inesquecível! Autuori, Marcelo Ramos, Nonato, Gottardo e cia: campeões rememoram público histórico
O Cruzeiro, que havia perdido para o Villa Nova por 2 a 1, no Castor Cifuentes, em Nova Lima, precisava de uma simples vitória para levantar o troféu. Quando Marcelo Ramos fez 1 a 0, aos 10min do primeiro tempo, ainda havia muita gente do lado de fora do Mineirão. Mas esses torcedores não deixaram de comemorar, pois, além dos inúmeros radinhos ligados, veio o uníssono grito de gol de dentro do estádio.
O Villa, que eliminara o Atlético nas quartas de final, fez jogo duro em Belo Horizonte. Até o goleiro Cláudio se aventurou no ataque nos acréscimos do segundo tempo, na tentativa de fazer o gol de empate que garantiria ao Leão o sexto título estadual. Mas o Cruzeiro se segurou e levantou a taça graças à vantagem obtida na fase classificatória – foi o terceiro melhor da primeira fase, enquanto o Leão alcançou a oitava posição. E dois meses depois, o elenco comandado por Paulo Autuori – hoje diretor de futebol do Atlético-PR – ganharia a Copa Libertadores ao superar o Sporting Cristal, do Peru, na final.
Celebração
O recorde de público do Mineirão foi bastante comemorado pela torcida do Cruzeiro, que, pouco depois da partida contra o Villa Nova, cantou e buzinou na descida da Avenida Abrahão Caram. Presente na arquibancada, o analista de sistemas Fabrício José França Costa, de 39 anos, lembra como foi o ocorrido. “A notícia, anunciada no rádio, foi transmitida de um para o outro na rua e deu início a um buzinaço. A comemoração foi até maior que a do título, por se tratar de um recorde histórico. O título do Mineiro se repete, mas esse público ser repetido era impossível já no velho Mineirão. Aquele foi um momento histórico. A vibração foi bem maior nas ruas.”
O Cruzeiro campeão mineiro foi escalado com Dida; Vitor, Célio Lúcio, Gottardo e Nonato; Fabinho, Ricardinho, Cleison e Palhinha (Da Silva); Elivélton e Marcelo Ramos. O Villa Nova, vice-campeão, teve Cláudio; Wilson, Eleomar, Cláudio Roberto e Wander; Jean, Alemão, Joca (Adão) e Guiba; Kao Baiano (Paulo César) e Milton.
Para celebrar esta marca e, de forma mais ampla, exaltar a torcida do Cruzeiro, o coletivo Memória Celeste reuniu a família Ribeiro, uma das muitas que estavam presentes naquele dia, e contou esse episódio da história celeste em um curta-metragem de 7min14 que já está disponível no Youtube.