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Torcida do Cruzeiro protesta contra a diretoria do clube em mais de 40 cidades

Movimento, organizado pelo grupo Redutos Celestes, pede a saída de dirigentes e ratifica apoio a Ceni

postado em 15/09/2019 11:15 / atualizado em 16/09/2019 13:25

 


Cruzeirenses espalhados por mais de 40 cidades, como Salvador (BA), João Pessoa (PB), Brasília (DF) e Buenos Aires, na Argentina, se reuniram, nesse sábado, para protestar contra o momento ruim vivido pela equipe. As manifestações, ocorridas no dia em que a Raposa perdeu por 1 a 0 para o Palmeiras tiveram como alvo, sobretudo, os dirigentes do clube, cujo bastidor está mergulhado em uma grande crise desde o fim de maio.



As faixas dos torcedores pediam a renúncia do presidente Wagner Pires de Sá, do vice de futebol, Itair Machado, e de Sérgio Nonato, diretor-geral. Também foram feitas menções ao presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella. A diretoria cruzeirense é alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público.

O protesto foi organizado pelos Redutos Celestes, grupo que reúne torcedores long de Belo Horizonte para acompanhar as partidas do time.

"O Cruzeiro é maior que qualquer dirigente, e o objetivo do protesto é de apoiar a saída daqueles que não estão preocupados com o futuro do clube”, comentou Michel Augusto Rangel, um dos líderes do grupo.

Crise financeira

Em crise financeira, o clube anunciou o pagamento dos salários de julho por meio do diretor de futebol, Marcelo Djian, momentos antes do jogo contra o Verdão. Os salários de agosto, por sua vez, ainda não foram pagos.

Djian estima a quitação do débito no dia 20 deste mês. O Superesportes revelou, no fim de agosto, que o Cruzeiro antecipou cerca de R$ 70 milhões em cotas de TV.

A negociação comprometeu receitas que iam até 2022. O mandato do atual presidente, no entanto, termina no ano que vem.

Por isso, aprimorar o planejamento financeiro celeste é uma das reivindicações dos torcedores.

"São necessárias mudanças urgentes no estatuto e nas formas de gestão, aplicando políticas e conceitos mais transparentes e modernos para sair da crise atual e prosperar nas próximas temporadas", pediu Airon de Castro, integrante do Reduto Argentinazeiro

Momento ruim em campo

A situação dentro das quatro linhas também não é nada agradável. Contra o Palmeiras, o Cruzeiro sofreu a terceira derrota seguida na temporada. 

No jogo anterior, mesmo atuando como mandante, a equipe perdeu por 4 a 1 para o Grêmio. Antes, os comandados de Rogério Ceni já haviam amargado eliminação para o Internacional, pela fase semifinal da Copa do Brasil.

Em 17° lugar na Série A do Campeonato Brasileiro, com 18 pontos, o Cruzeiro fez, neste ano, sua pior campanha da história em um 1° turno do torneio.


Protestos em Belo Horizonte

A situação conturbada vivida pelo Cruzeiro motivou diversos atos ao longo da semana, na sede do clube, no Barro Preto, na Toca da Raposa e, até mesmo, nos locais de residência de dirigentes. Principal organizada do clube, a Máfia Azul chegou a protestar na porta do prédio de Itair Machado. Segundo a torcida, as manifestações devem prosseguir até o fim do Campeonato Brasileiro.

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