Em competições tão equilibradas como a Série B, muitas vezes não é preciso dar espetáculo em campo. Tem que mostrar entrega, vencer e ser eficiente na maioria das partidas. E foi exatamente isso que o Cruzeiro mostrou no jogo contra o Figueirense, fora de casa, obtendo sua terceira vitória consecutiva na competição. Pode-se afirmar que, com os três primeiros pontos na tabela, agora, de fato, começa a Segunda Divisão para o clube.
Para aqueles habituados a ver a equipe propondo o jogo, a Raposa mostrou característica diferente em Santa Catarina. Não teve a maior posse de bola, foi constantemente pressionada pelo Figueirense e finalizou pouco. Mas o mérito foi administrar com inteligência a importante vantagem conquistada no primeiro tempo, com gol de Maurício, sabendo jogar sem a bola.
Desta forma, a equipe começa a adquirir certa experiência na difícil competição, com adversários que muitas vezes vão dominar as ações, dificultar o toque de bola ou querer parar o jogo a todo momento.
Com o maior encaixe ao longo das partidas, o time celeste poderá conduzir a Série B sendo protagonista. Mas os jogadores precisam se adaptar ao esquema tático de Enderson Moreira, que ainda tem dificuldades para formar um meio-campo com mais criatividade. E isso é uma preocupação.
Se Maurício foi um dos melhores contra o Figueira, o mesmo não pode dizer de Régis, o camisa 10, que esteve sumido e foi substituído por Claudinho. O jovem Stênio e Marcelo Moreno também produziram pouco.
Já são três vitórias em três jogos, o que já aproxima o Cruzeiro do grupo de elite da Série B. A caminhada é longa, com muitos obstáculos, e exigirá vontade e garra coletiva. Mas o grupo sabe que só alcançará os objetivos com muito trabalho e, sobretudo, confiança de que as coisas voltarão a dar certo.