Os clubes de futebol lutam para se recuperar dos efeitos econômicos da COVID-19 no Brasil. Em seis meses, houve redução em patrocínio, negociações de atletas, direitos de transmissão, bilheteria e outros segmentos. O Cruzeiro, por exemplo, viu sua receita com venda de ingressos cair mais de seis vezes na comparação entre os cinco primeiros meses de 2020 e o mesmo intervalo em 2019.
Conforme as demonstrações financeiras publicadas no portal da transparência, o clube arrecadou R$ 6.439.000,00 com bilheteria de 1º de janeiro a 31 de maio de 2019. Na ocasião, o ganho foi impulsionado com a presença na Copa Libertadores e o título do Campeonato Mineiro.
Em 2020, o faturamento encolheu para R$ 993 mil tanto em função da ausência de torneios internacionais - consequência do rebaixamento à Série B - quanto pela paralisação das competições por quase cinco meses como forma de prevenção ao avanço da pandemia do novo coronavírus.
O último jogo do Cruzeiro com portões abertos recebeu 10.247 pagantes (13.118 presentes), para uma renda bruta de R$ 210.569,50. Com descontos de impostos e custos operacionais, a Raposa ficou com a importância líquida R$ 7.256,43.
Na ocasião, o time treinado por Adilson Batista perdeu para o CRB por 2 a 0 no duelo de 11 de março, no Mineirão, pelo confronto de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
Pelo estadual, a equipe enfrentou Boa Esporte (2 a 0), Villa Nova (1 a 0), América (2 a 1) e Uberlândia (2 a 1) com torcedores nas arquibancadas do Mineirão. No ano passado, foram 14 jogos com presença de cruzeirenses no estádio até 31 de maio.
Pelo estadual, a equipe enfrentou Boa Esporte (2 a 0), Villa Nova (1 a 0), América (2 a 1) e Uberlândia (2 a 1) com torcedores nas arquibancadas do Mineirão. No ano passado, foram 14 jogos com presença de cruzeirenses no estádio até 31 de maio.
Nesse domingo, em postagem no Instagram, o presidente Sérgio Santos Rodrigues se mostrou favorável ao retorno do público ao Gigante da Pampulha caso haja distanciamento e limitação de pessoas.
Ainda que a CBF instaure tal medida com a permissão de autoridades de saúde, a Raposa seguirá com os portões fechados, pois terá de cumprir cinco partidas de suspensão devido a incidentes envolvendo sua torcida no Mineirão da reta final do Brasileirão de 2019.
Sócio-torcedor
Mesmo com a impossibilidade de a torcida comparecer aos jogos, o Cruzeiro registrou ligeiro crescimento no sócio-torcedor, passando de R$ 9.410.000,00, em 31/05/2019, para R$ 9.545.000,00, em cinco meses de 2020 - 17,5% da receita líquida apurada em R$ 54.342.000,00.
Grande parte da quantia advém do Sócio Reconstrução. Com anuidade de R$ 144, a modalidade tem 43.846 cadastrados, que proporcionaram arrecadação próxima de R$ 6,3 milhões.
Há ainda 9.521 vinculados às demais categorias, totalizando 53.367. O clube estima receber R$ 7.642.000,00 com o programa de fidelidade, fazendo o valor atingir R$ 17.187.000,00.
Modalidades de sócio do Cruzeiro
- Diamante - R$ 1.000,00
- Platina - R$ 159,90
- Ouro - R$ 99,90
- Prata - R$ 69,90
- Bronze - R$ 23,90
- Eficiente (cadeirantes) - R$ 69,90
Número de sócios-torcedores
- Platina - 234
- Ouro - 467
- Prata - 2.560
- Bronze - 5.783
- Reconstrução - 43.846
- Cruzeiro Eterno - 334
- Kids - 140
- Eficiente - 3
Total - 53.367