Se no ano passado o Cruzeiro estreou na Copa do Brasil sofrendo para garantir empate, e classificação, diante do São Raimundo-RR, este ano o enredo se repetiu. E deve ser encarado por todos no clube como alerta para que o resto da temporada não seja também repetida, com o time fracassando em todas as competições – em 2020 não chegou nem às semifinais do Campeonato Mineiro e, pior, nunca esteve perto do grupo que garantiu acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, que continua sendo prioridade.
Está claro que o clube buscou se organizar mais para esta temporada, entendeu melhor o tamanho da encrenca em que se meteu desde 2019, quando foi rebaixado para a Segunda Divisão nacional e viu seu nome sair das páginas de esportes para as policiais. Porém, também é límpido que há muito trabalho a ser feito tanto fora quanto dentro de campo, pois o time venceu apenas um dos quatro jogos que disputou na temporada, todos contra times de orçamento infinitamente menor, a exemplo da equipe de Roraima.
Não dá, ainda, para cobrar o técnico Felipe Conceição e a comissão técnica comandada por ele. O trabalho ainda não completou um mês e alguns jogadores acabaram de chegar, caso do zagueiro Eduardo Brock, que estreou na noite desta quinta-feira, em Boa Vista (RR).
De qualquer forma, há grandes deficiências no grupo, considerado “fechado” pelo próprio treinador, ao menos até o fim do Estadual. O time tem grandes dificuldades na transição entre a defesa e o ataque. Para completar, um dos reforços mais renomados, o lateral-esquerdo Alan Ruschel, não tem conseguido entregar o que se espera dele, principalmente na parte defensiva, com os adversáriostêm aproveitado o setor para construir jogadas e chegar ao gol de Fábio.
Que Felipe Conceição aproveite a próxima semana, quando terá seis dias livres, para recuperar os jogadores e preparar a equipe, fazendo os ajustes necessários. E que os atletas cumpram o pedido pelo treinador.