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RONALDINHO GAÚCHO

Ronaldinho Gaúcho joga pelada em presídio paraguaio, faz gols e deixa deputado corrupto no chão

Jornalista Iván Leguizamón, da ABC TV, obteve informações sobre o desempenho do astro em quadra da Agrupación Especializada

postado em 13/03/2020 21:21 / atualizado em 14/03/2020 14:23

(Foto: NORBERTO DUARTE/AFP)
Ronaldinho Gaúcho já desfilou sua magia pelas “canchas” paraguaias. Na quinta-feira, o astro participou de uma pelada de futsal no presídio Agrupación Especializada, em Assunção, e deu show. Segundo o jornalista Iván Leguizamón, da ABC TV Paraguay, o “bruxo” marcou cinco gols, desequilibrou na vitória do seu time pelo placar de 11 a 2 e deixou um deputado corrupto no chão.


Um dos gols de Ronaldinho Gaúcho na pelada do presídio:


Veja o relato do jornalista no programa da ABC TV Paraguay a partir do minuto 24.


O ex-jogador brasileiro decidiu não participar do torneio interno do presídio, mas aceitou, depois de muita insistência, jogar um “amistoso”. De acordo com o jornalista paraguaio, Ronaldinho fazia uma caminhada, quando foi chamado para completar um dos times da pelada. Sem a chuteira de futsal, ele inicialmente disse “não”. Em seguida, recebeu os calçados de um detento e não teve mais como recusar.

Segundo o relato da pelada feito pelo jornalista da TV paraguaia, Ronaldinho ainda fez jogadas de efeito em quadra e deixou um deputado corrupto no chão com um drible de corpo. A vítima foi Miguel Cuevas, preso em fevereiro por enriquecimento ilícito e tráfico de influências.

(Foto: Reprodução)


O convite para Ronaldinho Gaúcho entrar em quadra partiu ironicamente de um ex-dirigente do futebol paraguaio: Fernando González Karjallo, ex-presidente do Sportivo Luqueño, clube de Luque, na Grande Assunção. Ele está preso por lavagem de dinheiro e outros delitos.

(Foto: FM Azul y Oro)


O pai de Fernando, Ramón González Daher, ex-vice-presidente da Asociación Paraguaya de Fútbol, também é um dos detentos da Agrupación Especializada.

(Foto: Pablo Burgos/AFP)

Pedido de prisão domiciliar negado

Um tribunal de apelação rejeitou nesta sexta-feira recurso apresentado no dia anterior pelos advogados de Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão, Assis, para que ambos fossem transferidos para prisão domiciliar. Os brasileiros estão detidos há uma semana em um presídio de segurança máxima em Assunção, capital do Paraguai, após entrarem no país com passaportes falsos.

Para justificar a permanência de Ronaldinho e o irmão na cadeia, o júri argumentou que há risco de fuga. Outro ponto questionado foi o fato de a defesa ter apresentado como garantia um imóvel sem relação direta com os brasileiros.

Não foi revelado o endereço da casa que serviria como prisão domiciliar para Ronaldinho e Assis. Especula-se que o imóvel, avaliado em US$ 770 mil dólares (cerca de R$ 4 milhões), seja de propriedade de amigos dos advogados e fique na cidade de Lambaré, nos arredores de Assunção.

A decisão desta sexta-feira representa mais uma derrota para os brasileiros na Justiça paraguaia. Na terça-feira, o juiz Gustavo Amarilla já havia decidido manter a prisão preventiva de Ronaldinho e seu irmão. O magistrado determinou que eles precisavam permanecer detidos durante a investigação - o inquérito pode durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.

Busca e apreensão

Na manhã desta sexta-feira, promotores fizeram buscas na casa da empresária Dalia López, responsável por negociar a viagem dos irmãos a Assunção. Ela está foragida. Os investigadores também foram à sede da empresa Permanent Holding, da qual a empresária é acionista. Dalia é acusada de liderar uma quadrilha formada por empresários e servidores públicos que produz documentos ilegais.

Nos dois locais, foram encontrados documentos, agendas, gravações do circuito interno de segurança, produtos eletrônicos, bolas com imagem e autógrafo de Ronaldinho e um cofre. O material será analisado pelos promotores.

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