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MINEIRÃO

Atlético e Cruzeiro cobram apuração rigorosa de denúncias contra a operadora do Mineirão

Deputado Iran Barbosa apresentou denúncias contra a gestão da concessionária do Gigante da Pampulha, principal palco do futebol mineiro

postado em 06/06/2016 19:38 / atualizado em 06/06/2016 20:06

Beto Novaes/EM/D.A Press

Os diretores jurídicos do Cruzeiro e do Atlético cobraram apuração rigorosa das possíveis fraudes denunciadas pelo deputado Iran Barbosa (PMDB) na execução do contrato de administração do Mineirão, feita pela concessionária Minas Arena. Fabiano de Oliveira Costa disse que os números e informações levantadas pelo parlamentar precisam ser apuradas para que o estádio volte “efetivamente a pertencer aos mineiros”. Ele afirma que na atual situação o Cruzeiro não tem condições de continuar com a Minas Arena.

Segundo Fabiano, o Cruzeiro já suspeitava de irregularidades, tanto que entrou com uma ação na Justiça pedindo a rescisão antecipada do contrato. Apesar disso, ele afirma que o time vai continuar jogando no Mineirão. “O Mineirão é a casa do Cruzeiro. Nada impede que o time atue no Mineirão e até quando o departamento técnico achar necessário, o presidente entender necessário nos vamos sim jogar no Mineirão”, afirma Fabiano.

“A Minas Arena não tem cumprido de maneira regular e correta o contrato firmado com o Cruzeiro. Entre os vários problemas há a questão do preço dos ingressos. Temos verificado com os borderôs das partidas com as informações relativas ao jogos do Cruzeiro que eles não têm observado uma cláusula de preço mínimo que garanta ingressos para que o Cruzeiro possa vendê-lo de maneira adequada”, afirma Fabiano, que esteve nesta segunda-feira com o deputado na sede da Promotoria do Patrimônio Público. Ele afirmou ainda que o prejuízo do time está sendo levantado no processo e vai exigir uma perícia para levantamento dos valores. Disse ainda que na ação o time exige danos morais e materiais.
Beto Novaes/EM/D.A Press

O diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândidao Cunha, defendeu a retomada do estádio pelo governo de Minas e o compartilhamento da gestão com os clubes. Lásaro disse que o Atlético sempre foi contrário ao contrato com a Minas Arena por achar seus termos prejudiciais. Segundo ele, caso haja uma intervenção do estado e uma mudança no modelo, o Galo pode considerar jogar uma parceria que envolva o estádio. “O Atlético estuda a possibilidade, se houver a retomada do Mineirão por parte do estado, e considera que a participação dos clubes na gestão dos estádios é importante. Mas também o Atlético não faz nenhum compromisso com esse estádio ou com outro. O Atlético está estudando todas as suas possibilidade de garantir que o time possa jogar tranquilamente”.

Lasáro destacou ainda que o clube aguarda o desenrolar das apurações para decidir que tipo de medida pode ser tomada contra a concessionária. Ele também cobrou do Ministério Público o fim do sigilo do inquérito que apura o contrato de concessão da Minas Arena. “É um inquérito que a torcida, o povo, todo mundo tem que tomar conhecimento dele”.

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