Prestes a se aposentar, Tito Ortiz será homenageado com Hall da Fama do UFC

Um dos atletas mais carismáticos da história do UFC, Tito Ortiz viverá uma semana intensa em Las Vegas. Além de disputar a luta co-principal (a segunda mais importante) da edição 148, no próximo dia 7, no MGM Grand Garden Arena, diante de Forrest Griffin, na despedida do octógono, o norte-americano filho de pai mexicano será elevado ao Hall da Fama da organização.

A cerimônia de indução de Tito Ortiz ao Hall da Fama do UFC será no mesmo dia do UFC 148, no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas, que receberá o UFC Fan Expo, série de eventos para divulgar a edição na cidade do estado americano de Nevada. O veterano atleta, um dos ídolos da torcida nos EUA e que foi campeão da categoria meio-pesada (com cinco defesas de título bem-sucedidas), não escondeu a satisfação em fazer parte de uma seleta lista de notáveis do Ultimate.

“É uma enorme honra ser reconhecido como um dos maiores lutadores de todos os tempos pelo UFC. Para ser induzido ao Hall da Fama é a prova final de que todo o trabalho duro, a dedicação, toda a dor e sacrifícios, tudo valeu a pena”, afirmou o atleta de 37 anos, que tem um cartel de 15 vitórias, dez derrotas e um empate lutando pela maior organização de MMA do mundo.

Tito Ortiz fará parte de uma lista que conta com notáveis do UFC como Royce Gracie, Mark Coleman, Randy Couture, Ken Shamrock, Matt Hughes, Chuck Liddell, Dan Severn e Charles Lewis. Atletas que participaram ativamente dos primeiros anos da franquia, que ainda vivia na era do vale-tudo e não tinha tantas regras e normas como na atualidade.

Glória e declínio

Tito Ortiz estreou no UFC 13, em Augusta, Georgia, em 1997, e bateu Wes Albritton por nocaute técnico logo aos 31seg de luta. Com três triunfos seguidos, teve a primeira chance de disputar o cinturão, na edição 22, em 1999, mas foi derrotado por Frank Shamrock por finalização. Na segunda oportunidade, não desperdiçou. Ortiz ganhou de Wanderlei Silva na decisão unânime dos juízes, no UFC 25, no Japão, e conquistou o título dos meio-pesados.

Tito defendeu o cinturão com sucesso em cinco oportunidades, chegou a dar o troco em Ken Shamrock, mas acabou perdendo o título na sexta vez em que o pôs em jogo. No UFC 44, em 2003, em Las Vegas, ele foi superado por Randy Couture na decisão unânime dos juízes e não conseguiu se sustentar como campeão. Ortiz ainda disputou o cinturão em outra ocasião, na edição 66, em 2006, e acabou derrotado por Chuck Liddell por nocaute técnico. Depois disso, a carreira do norte-americano entrou em declínio, tanto que ele só ganhou um dos últimos sete combates – perdeu cinco e teve um empate.

Tito Ortiz encerrará a carreira contra um adversário bem conhecido. Com um triunfo e um revés para Forrest Griffin, ele terá a chance de desempatar o duelo e se despedir do UFC com vitória. O presidente da organização, Dana White, disse que a indicação ao Hall da Fama é uma justa homenagem ao carismático atleta. “Não há dúvida de que, no auge, ele era uma estrela e um dos grandes da época. Não dá para escrever a história do MMA sem Tito Ortiz, é por isso que ele vai para o Hall da Fama do UFC”, comentou o mandatário.