Daniel Cormier enfrentou Alexander Gustafsson no último dia 3 em confronto que durou cinco rounds e ficou marcado pela intensidade dos golpes trocados e entrega entre ambos. Vencedor do duelo, DC manteve o título dos meio-pesados, mas teve que lidar com uma pequena sequela pós-combate. Em entrevista ao programa The MMA Hour, o campeão revelou que só conseguiu dormir dois dias após o evento principal do UFC 192, em Houston.
“Só consegui deitar e dormir dois dias após a luta. Minha noiva me perguntava por que eu não ia para a cama, e depois de algum tempo eu disse a ela que a razão era o tremendo alívio que senti em subir no octógono, vencer um cara tão duro quanto Alexander Gustafsson e defender meu cinturão. A pressão que eu sentia não só por lutar em Houston, mas por ter de defender o meu título diante das circunstâncias pelas quais fui campeão, era imensa. Se eu não vencesse, todos que me criticaram antes da luta iriam acabar comigo na internet. Estaria aberta a temporada de caça a Daniel Cormier”, afirmou.
Cormier ainda fez questão de destacar o orgulho que sentiu ao conferir o VT do combate contra o sueco. O campeão dos meio-pesados disse durante as entrevistas antes do duelo que poderia vencer o rival em pé, sendo ironizado por muitos. Com a superioridade na trocação contra Gustafsson, DC provou que é um lutador completo.
“É muito difícil analisar a sua performance sem ter visto a luta. Vocês da imprensa fazem as perguntas logo após a luta, e nós não sabemos como analisar o que aconteceu sem termos visto o que aconteceu. Depois de ter visto o replay da luta, fiquei muito orgulhoso de mim mesmo. Eu disse que poderia vencer Alexander Gustafsson lutando em pé e muita gente riu de mim. Pois bem, a nossa luta aconteceu em pé e eu venci. Foi muito importante para mim ter provado que, quando me preparo para a luta, os adversários não vão mais se preocupar só com as minhas quedas. Eu sei trocar em pé, sei derrubar e sei finalizar. Espero que isso acalme um pouco as críticas. Tudo que posso fazer é ir lá e dar o meu melhor. Minha família e meus amigos me disseram que ficaram orgulhosos de mim, por eu ter mostrado a todos o que eles sempre viram a vida toda: uma vontade e um desejo de competir e vencer que a maioria dos atletas não conhece. Quem está junto de mim sabe quanto eu me esforcei. Meu cartel é 17-1; fui campeão do Strikeforce, sou o campeão do UFC e só comecei a lutar MMA depois dos 30 anos de idade. Acho que estou me saindo muito bem”, completou.
Cormier conquistou o cinturão dos meio-pesados em maio deste ano, quando derrotou o compatriota Anthony Johnson. O título estava vago desde o afastamento de Jon Jones. O lutador aguarda agora para realizar sua segunda defesa de cinturão dentro do Ultimate.
