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UFC ON FOX 18

Em boa fase, Rafael Sapo mira top 10 dos médios do UFC e avisa concorrentes: 'Estou chegando'

Motivado com entrada no ranking da divisão, mineiro tenta atingir melhor sequência de vitórias no Ultimate em duelo contra Kevin Casey, neste sábado, em Newark

postado em 27/01/2016 15:00 / atualizado em 27/01/2016 15:13

Christian Petersen/Getty Images

Novo integrante do top 15 do peso médio, Rafael ‘Sapo’ Natal volta ao octógono neste sábado, em confronto com Kevin Casey, no card preliminar do UFC on Fox 18, em Newark. Embalado com três vitórias seguidas, o lutador de Belo Horizonte tem a chance de atingir a melhor sequência na organização e continuar em ascensão na categoria, atualmente dominada por Luke Rockhold. O faixa-preta de jiu-jítsu, que treina na academia de Renzo Gracie em Nova York, aposta na estratégia para evitar o ímpeto do adversário, também especialista na arte suave.

Rafael Sapo vem de vitória mais expressiva da carreira: sobre Uriah Hall, em maio de 2015, por decisão dividida dos juízes. Anteriormente, ele bateu Tom Watson e Chris Camozzi, também por pontos. Com objetivo de figurar entre os dez melhores da divisão, o mineiro acredita que a meta será atingida em caso de triunfo contra ‘King’ Casey.

“Nocauteando ou finalizando, que são coisas que o UFC gosta, eu vou subir mais e mais degraus. Como venci Uriah Hall, que está acima de mim no ranking, acredito que vou chegar ao top 10 se vencer Kevin Casey. Esta é a categoria a mais disputada do UFC, sem dúvida. Vitor (Belfort) está sempre na cabeça. Tem (Ronaldo) Jacaré, Lyoto (Machida), (Tim) Kennedy... Só caras fortes. E eu também estou chegando”, declarou ao Superesportes.

Aos 33 anos, Sapo soma 20 vitórias em 27 combates na carreira. Em 2013, ele teve a primeira chance de conquistar quatro triunfos seguidos no UFC, mas acabou nocauteado por Tim Kennedy. Já Kevin Casey, um ano mais velho, está invicto há seis lutas. No Ultimate, porém, foram só três apresentações, com dois No Contest (sem resultado). Há um mês, o ‘King’ enfrentou Antônio ‘Cara de Sapato’ em duelo finalizado em apenas 11seg – depois de o brasileiro tê-lo antigo no olho com os dedos.

Em conversa com o Superesportes, Rafael Sapo comentou sobre as características do norte-americano e previu um duelo complicado. O belo-horizontino também relembrou período de recuperação de lesão no olho e traçou as metas na concorrida divisão dos médios.

Com a sequência positiva, você entrou no top 15 do ranking peso médio. É uma motivação a mais para a luta contra Kevin Casey?

Estávamos planejando entrar no ranking. Galguei isso por muito tempo. Depois da vitória sobre Uriah Hall, eu tinha a certeza que entraria, mas não aconteceu. Foi bastante merecida essa entrada no ranking. Pouco antes da luta, finalmente, eu tive essa boa notícia. É mais uma motivação para essa luta. Tenho que manter isso e subir degrau a degrau.


Quais os próximos passos: se firmar no top 15 ou já partir para conquistar mais espaço no peso médio?

Nocauteando ou finalizando, que são coisas que o UFC gosta, eu vou subir mais e mais degraus. Como venci Uriah Hall, que está acima de mim no ranking, acredito que vou chegar ao top 10 em caso de vitória contra Kevin Casey.


Você repetiu a melhor sequência no UFC, com três vitórias. Agora, terá a chance chegar ao melhor número de vitórias seguidas no UFC. O que fazer para não desperdiçar a chance?

Treinei bastante durante três meses para não deixar essa sequência escapar. Fizemos um bom plano de luta para enfrentar Kevin. Soube que eu iria enfrentá-lo com menos de um mês. Ele é um cara explosivo, faixa-preta de jiu-jítsu, perigoso no chão. Mas montamos uma boa estratégia para anular ele.


Você mostrou muita evolução na trocação na luta contra Uriah Hall. Você focou na luta em pé durante o camp?  Ou vai aproveitar a técnica do jiu-jítsu na luta?


Eu sempre gosto de sentir a luta. O que tenho de melhor é o jiu-jítsu, que também é o melhor dele. Treinei bastante a parte em pé e trocação durante este camp, além de jiu-jítsu. Por instinto, se aparecer a oportunidade, eu vou botar para baixo. Mas, como eu disse, é preciso sentir a luta antes. Contra Uriah Hall, que é do muay thai, eu não tive receio de trocar com ele. Eu sempre mantenho meu calendário de treinos. Tendo luta ou não, é a mesma coisa. Treinei jiu-jítsu e boxe duas vezes por dia. A cada dia, eu tive treinos de wrestling e outras modalidades. Sempre mantenho essa rotina durante seis dias da semana.

Você ficou fora devido a deslocamento de retina. Como você teve essa lesão e como foi o processo de recuperação?


Foi difícil. Soube depois da luta contra Uriah Hall que havia deslocado a retina. E eu nem fui muito atingido na luta. Meu médico disse que a lesão pode ter sido causada durante os treinos ou, até mesmo, em luta mais antiga. Aproveitei para ficar em BH com a família. Eu não podia treinar, mas fiquei com a minha equipe. Também aproveitei para descansar, relaxar um pouco, refletir sobre a carreira... Teve um lado positivo.


Quais as principais características do adversário e o que você pode explorar durante a luta?

Além do jiu-jítus, Kevin tem a mão pesada e um forte cruzado de esquerda. Ele é um cara canhoto e um pouco mais baixo que eu. É complicado.Ele tem um estilo explosivo e sempre começa bem no primeiro round, arriscando e partindo para cima.


Como você enxerga os desdobramentos da categoria, agora com Rockhold como campeão? Quem você acredita que pode chegar ao topo da divisão neste ano?


É a categoria a mais disputada do UFC, sem dúvida. Vitor (Belfort) está sempre na cabeça. Um lutador muito forte. (Ronaldo) Jacaré, Lyoto (Machida), (Tim) Kennedy ... Só caras fortes. E eu também estou chegando. Acredito que Luke Rockhold ficará por pouco tempo com cinturão, pois tem grandes lutadores na categoria.

Tags: ufc kevin casey rafael sapo