Germaine de Randamie explicou, em postagens no Instagram, que o desejo é voltar a lutar na divisão peso galo do UFC, depois de ter conquistado o cinturão inaugural dos penas na organização. A holandesa se sagrou campeã ao bater Holly Holm por decisão unânime, na edição de número 208, no Brooklyn, em Nova York. Desafiada por Cyborg, ela chegou a ter o duelo proposto pela franquia, mas a brasileira foi pega em exame antidoping feito pela USADA.
“Durante as negociações da luta com Holly Holm, disse antecipadamente que depois dela queria retornar à minha categoria de peso natural, de 61 quilos. Minha missão ainda não foi concluída. O UFC me prometeu que isso não seria problema e que posso apenas voltar à minha categoria de peso”, escreveu a holandesa na rede social.
Germaine revelou que Cyborg, primeiro, se recusou a lutar de imediato o confronto, alegando que teria pouco tempo para bater o peso. E depois, segundo a holandesa, a brasileira foi pega no antidoping ao usar medicamento contra depressão – ela acabou autorizada pela USADA a utilizar as substâncias até então proibidas para o tratamento.
“A luta entre mim e Cris Cyborg me foi oferecida em novembro passado. Mesmo com todas as reservas a ela, aceitei a luta. Cris Cyborg rejeitou porque não poderia bater os 66 quilos em 12 semanas. Um mês depois, ela foi visitada pela USADA e não passou no teste. O resto da história é conhecido”, explicou a campeã, que garantiu não temer um duelo contra a brasileira, que vinha lutando no UFC em duelos com ‘peso casado’ de 63,5kg.
“Minha razão para rejeitar a luta agora não tem nada a ver com medo. Acredito que, se você quiser fazer esportes, você faz isso sem qualquer interferência em sua massa muscular. Eu - como uma atleta top - sempre treinei, sempre cuidei da minha comida e coloquei 18 anos da minha vida nos esportes sem usar algo que não é permitido”, postou Randamie, sem deixar de ‘cutucar’ Cyborg, que já foi pega anteriormente no antidoping com anabolizantes – em 2011, quando ainda lutava no extinto Strikeforce.
Germaine de Randamie ainda explicou que há o risco de passar por uma intervenção cirúrgica na mão. Ela teve problema de tendão na luta contra Holly Holm em Nova York. “Tenho uma consulta com o médico em 14 de junho, e será decidido se devo ou não operar. Esta opção (a operação) deve ser considerada, porque há uma grande chance de que meus tendões/nervos podem ter danos que eu não poderia usar a minha mão da melhor forma”, completou.