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Borrachinha projeta nocaute contra ex-campeão em estreia internacional no UFC

Mineiro apoiado pelo Atlético encara Johny Hendricks no UFC em Nova York

postado em 04/11/2017 06:44 / atualizado em 03/11/2017 23:16

Divulgação
Uma das apostas do MMA no Brasil para o peso médio é mineiro e estará em ação no principal evento do Ultimate Fighting Championship na temporada. Paulo Borrachinha, 26 anos, será atração no card principal do UFC 217, neste sábado, a partir das 20h30 (de Brasília), no Madison Square Garden, em Nova York, e terá pela frente o ex-campeão dos meio-médios (até 77kg), Johny Hendricks. Com duas vitórias consecutivas na organização, invicto na carreira (ganhou os dez confrontos como profissional), o lutador nascido em Contagem demonstra entusiasmo com o momento, mas também foco para aproveitar a oportunidade e corresponder às expectativas de um futuro brilhante no esporte.

Borrachinha chegou ao UFC depois de conquistar o cinturão peso médio (até 84kg) do Jungle Fight, no Brasil. Ele participou da terceira temporada do The Ultimate Fighter Brasil, em 2014, reality show promovido pela organização, mas não chegou muito longe e caiu logo no segundo combate. Agora, o mineiro espera aproveitar a oportunidade e brilhar no octógono, ganhando visibilidade em um evento importante como o UFC 217. Será a estreia do lutador de Contagem fora do país e, diante de um oponente renomado, busca a arrancada definitiva rumo a uma futura disputa de título. 

Em entrevista ao Superesportes/Estado de Minas, Borrachinha, que é apoiado pelo Atlético e estreará a parceria com o clube do coração em Nova York, promete não fugir do estilo ofensivo que o acompanha desde o começo da carreira. Com dois nocautes consecutivos no UFC, ele projeta uma luta rápida contra Johny Hendricks e garante: será outra vitória contundente para o Brasil no octógono.

Depois de duas vitórias consecutivas, com atuações consistentes, você ganhou a chance de lutar em um grande evento do UFC. Como está a ansiedade para a luta em Nova York?

Não tenho muita ansiedade. Vai ser uma megaevento, num dos maiores lugares de lutas, mas apesar disso, não tenho pressão, só tenho felicidade. Vou lutar como se fosse em qualquer outro lugar do mundo. Só fico muito feliz de estar tendo essa oportunidade, mas isso não vai afetar a maneira como eu vou lutar. 

Lutar em um card recheado de estrelas, em um palco tradicional como o Madison Square Garden, é um reconhecimento pela excelente performance no UFC?

Sem dúvida. É o maior reconhecimento que eu podia estar recebendo, é o maior evento do ano, um reconhecimento absurdo. Quer dizer que o meu trabalho está sendo reconhecido pelo UFC e também pelo mundo da luta como um todo.
 
Como você analisa Johny Hendricks hoje? Um ex-campeão dos meio-médios, mas que não vem bem no UFC. Pelo momento, você se considera favorito?

Sim, apesar de não vir bem, de uma boa fase, ele é um cara de muita qualidade, mas eu me considero favorito. Mas ele não é um adversário qualquer de forma alguma.

Aos 26 anos, você é apontado como uma das apostas do Brasil para o peso médio do UFC. Até que ponto isso mexe com você?

Isso me motiva muito. É uma motivação para continuar o trabalho que está sendo reconhecido. Eu quero dar alegria ao meu povo, quero que eles tenham em quem confiar, apoiar, e isso me motiva.

Como está o ambiente em Nova York? Como é estar perto de estrelas e ídolos como Georges St-Pierre, que voltará ao UFC justamente no evento do fim de semana?

É muito bom, a atmosfera é bem legal. Estar lutando no mesmo evento de nomes consagrados como esses... Isso me faz querer mais ainda chegar onde eles estão.

Reprodução/UFC
Johny Hendricks é famoso pelas mãos pesadas, assim como você. Podemos prever um duelo de muita trocação?

Eu acredito que pela minha parte pode até ser, mas acredito que ele não vai querer fazer muita trocação. Ele vai querer amarrar a luta um pouco.

Você estreará como atleta parceiro do Atlético. O clube, por sua vez, tem divulgado muito o combate em NY nas redes sociais. O que dizer para a torcida alvinegra que acompanha o MMA e também a sua carreira? Você acha que será uma boa oportunidade para ganhar visibilidade também fora do MMA?

Sim, é uma oportunidade de conquistar outros públicos, aproximar outras modalidades do MMA, que é o esporte que mais cresce no mundo. Vai ser uma ótima oportunidade de aliar a marca do clube. Eu sou o representante mineiro e do Atlético no UFC. Então, acho que é uma oportunidade de juntar esses dois públicos, o do futebol, que é a paixão nacional, e do MMA, que é o segundo esporte mais assistido no Brasil. Estou muito bem servido com a torcida do Atlético e de todo o Brasil!

O que mudou do Paulo Borrachinha que veio do Jungle Fight para o lutador que vem se firmando no UFC?

Eu sou mais experiente, com mais habilidades, com mais visão de luta e mais maturidade. Mas sou o mesmo lutador agressivo e que busca a luta como era no Jungle Fight.

Você está em franca ascensão no peso médio. Em caso de triunfo, crê em uma subida rápida no ranking e já fica perto de disputar o título? Ou prefere conquistar espaço aos poucos?

Acredito que após essa vitória vou entrar no ranking e lutar com grandes nomes do top 10 e top 5 da divisão e chegar logo ao título.

Alguma previsão sobre a luta entre Michael Bisping e GSP? Você acha que teremos um novo campeão no peso médio do UFC? Como você vê o retorno do canadense, um dos maiores da história do MMA, mas em uma outra divisão de peso?

Acho que o Georges St-Pierre ganha nos pontos. Acho que é muito difícil realmente voltar depois de anos sem lutar, mas acredito que ele tem mais habilidade que o Bisping e vence nos pontos.  

Alguma surpresa para a entrada rumo ao octógono, antes da luta? Recentemente, Fabricio Werdum entrou ao som do hino do Grêmio. Pode acontecer isso em Nova York com o hino do Atlético? A torcida alvinegra está na expectativa....
 
Pode ser... Eu vou tentar, mas não posso garantir, porque o UFC tem suas políticas, mas pode acontecer sim. 

UFC 217

A partir das 20h30 (horário de Brasília)
O card principal começará por volta de 01h (de Brasília)
Transmissão: Canal Combate (pay per view)
Local: Madison Square Garden, em Nova York

Card principal
Michael Bisping x Georges St-Pierre - pelo cinturão peso médio
Cody Garbrandt x TJ Dillashaw – pelo cinturão peso galo
Joanna Jedrzejczyk x Rose Namajunas – pelo cinturão peso palha
Stephen Thompson x Jorge Masvidal
Johny Hendricks x Paulo Borrachinha
 
Card preliminar
James Vick x Joseph Duffy
Walt Harris x Mark Godbeer
Ion Cutelaba x Michael Oleksiejczuk
Randy Brown x Mickey Gall
Oleksiy Oliynyk x Curtis Blaydes
Ovince Saint Preux x Corey Anderson
Aiemann Zahabi x Ricardo Ramos

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