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GSP faz história na volta ao UFC, mas deixa futuro nos médios em aberto

Canadense admitiu dificuldade contra 'caras grandes' após bater Bisping

postado em 05/11/2017 23:23 / atualizado em 05/11/2017 23:34

Mike Stobe/AFP
Um dos protagonistas do UFC 217, no Madison Square Garden, em Nova York, Georges St-Pierre retornou ao octógono em grande estilo, depois de ausência que durou quatro anos. Ex-campeão dos meio-médios, ele desbancou o inglês Michael Bisping, com uma finalização com mata-leão no terceiro round, e conquistou o cinturão dos médios (até 84kg).

O canadense se juntou ao seleto grupo de lutadores do UFC que conquistaram cinturão em duas divisões de peso diferentes. Estão na lista Conor McGregor (penas e leves), Randy Couture (pesados e meio-pesados) e BJ Penn (meio-médios e leves). GSP, que foi ovacionado pelos fãs antes, durante e depois da luta contra Bisping – vaiado – admitiu que não sabe se vai permanecer na categoria até 84kg, mesmo tendo se sagrado campeão. 

Depois do triunfo, o novo campeão dos médios agradeceu aos fãs pelo apoio e explicou o que o leva a pôr em dúvida a permanência na divisão. “Meu sonho se tornou realidade, obrigado pelo apoio. Esse não é o meu peso, fiz isso pelo desafio, mas ainda não sei o que vou fazer. Eu sou muito pequeno para crescer até o tamanho desses caras”, afirmou o canadense, maior campeão da história dos meio-médios (77kg) do UFC, com nove defesas de cinturão. 

GSP repetiu a manjada tática de apostar no lado estratégico, diante de Bisping. Com um jogo seguro, o canadense acertou alguns jabs e golpes como superman punch, somando pontos na luta. O canadense minou a resistência do então campeão e aproveitou a oportunidade para encaixar o mata-leão e finalizar a luta, aos 4min23 do terceiro round. “No MMA é importante preparar armadilhas para os adversários. Não ganha quem tem mais colhões, mas sim quem tem mais armas e habilidade”, declarou.

O presidente do UFC, Dana White, encarou a volta de St-Pierre de forma muito positiva para a organização. Ele disse que já esperava muitas dificuldades para Bisping, apesar de o então campeão estar mais acostumado à categoria. “É ótimo ter GSP de volta. Ele voltou de quatro anos parado e fez uma luta dura. As pessoas acham que Bisping é fácil, mas me diga uma luta que ele fez e que foi derrotado facilmente. GSP pareceu ótimo”, enfatizou o dirigente, que chegou a anunciar Robert Whittaker, dono do título interino, como próximo oponente do canadense. 

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