Os olhares estarão voltados também para três mulheres que não trocam socos nem pontapés: a ringue girl Débora Maria Machado Chaves, de 24 anos, Gabriela Costa Valadares, de 23, e Raíssa Fernanda de Souza, de 19, a “garota da luta”. As duas últimas acompanham os competidores nas pesagens e na entrada do octógono.
Débora é advogada, formou há um ano, e faz curso de aeromoça e inglês. “Estou estudando, pois quero muito trabalhar com aviação. Não sabia do que se tratava ser uma ringue girl. Tinha uma pequena noção. Mas fiquei sabendo de um concurso da federação e a curiosidade me fez participar. Não esperava vencer, mas ganhei. E quer saber, adorei o que tinha de fazer. É uma função que eleva a autoestima da pessoa. Além disso, recebo muito elogios. Gosto do que faço”, diz Débora.
Gabriela vive o mundo das lutas desde outubro, quando ganhou o concurso da Tatoo girl fight. “Eu trabalhava na federação. Era secretária. Sempre tive tatuagens. Quando soube do concurso, me inscrevi. Sei que tenho beleza. Não tenho medo de me mostrar. Ganhei, mas esta será a minha primeira vez e confesso que estou ansiosa. Quero fazer o meu melhor nesse trabalho de acompanhar pesagem e lutadores até o ringue.”
A modelo Raíssa também é novata nas lutas. Ganhou o concurso “Garota da luta” em setembro e já participou de dois eventos. O Fight 6 será seu terceiro, mas a ansiedade é a mesma do primeiro, como se fosse sua estreia. “Eu fui indicada para o concurso, arrisquei e me inscrevi. Ganhei. Estou entrando num mundo novo. Tudo virou surpresa pra mim. Era uma nova porta que se abria.”
Ao tomar a decisão de concorrer, a primeira providência foi contar para os pais. “Minha mãe, Paula, não gostou no início. Ficou cabreira. Estava com o pé atrás. Depois, passou a me apoiar. Meu pai, Valmir, com quem trabalho no seu bufê, foi o contrário. Me apoiou desde o início. Vai comigo em todos os eventos, como acontecerá amanhã.”
A ansiedade na véspera é muito grande, segundo Raíssa. “Fico pensando em como será e tenho a preocupação de que não posso cometer erros, como por exemplo, tropeçar ou cair. Isso nunca. Jogaria tudo por terra.”