Especialista no jiu-jítsu e na luta agarrada, Mayra Bueno usou sua técnica na 'arte suave' para vencer a italiana Mara Borello e se reabilitar no UFC. A mineira nascida em Uberlândia finalizou com chave de braço, logo no primeiro round da luta no card preliminar do evento de sábado passado, em Las Vegas, e se recuperou na divisão peso mosca (57kg)
Aos 29 anos, Mayra Bueno, que treina na Chute Boxe Diego Lima, em São Paulo, disse que a inspiração para aprimorar a técnica da chave de braço, forma preferida pela mineira para vencer as adversárias, veio de uma ex-campeã do UFC e medalhista olímpica no judô: Ronda Rousey. Sheetara, como é conhecida a brasileira, revelou que Rowdy sempre foi uma referência para a luta no chão.
“Eu olhava a Ronda Rousey e achava incrível que ela finalizava todo mundo com uma chave de braço. Eu falava para os meus amigos que eu bateria o recorde de finalizações no UFC por armlock – que é a minha finalização favorita”, contou a mineira, em entrevista à Ag Fight. A vitória sobre a italiana foi a quinta for finalização no cartel de Sheetara, que tem sete triunfos na carreira profissional no MMA.
Das cinco vitórias usando a técnica do jiu-jítsu, Mayra Bueno aplicou a chave de braço em quatro adversárias. Só em um triunfo, sobre Mayana Souza dos Santos, em abril de 2018, pelo Contender Series, o que lhe garantiu contrato com o UFC, é que a mineira derrotou a rival com um triângulo. A lutadora do Triângulo ganhou uma vez por nocaute técnico (por desistência) e outra por decisão dividida dos juízes.
Das cinco vitórias usando a técnica do jiu-jítsu, Mayra Bueno aplicou a chave de braço em quatro adversárias. Só em um triunfo, sobre Mayana Souza dos Santos, em abril de 2018, pelo Contender Series, o que lhe garantiu contrato com o UFC, é que a mineira derrotou a rival com um triângulo. A lutadora do Triângulo ganhou uma vez por nocaute técnico (por desistência) e outra por decisão dividida dos juízes.
Além de significar a reação no UFC, a vitória sobre a italiana trouxe uma sensação de realização pessoal para a mineira, que teve a carreira prejudicada por seguidas lesões no joelho - foram cinco cirurgias em apenas cinco anos de carreira. “Me emocionei ali porque quem me acompanha sabe. Eu sofri com muitas lesões. Tenho cinco anos de carreira e quatro cirurgias. Essa é a primeira vez que venço uma luta e não preciso de cirurgia. Foi difícil, mas estou muito feliz”, declarou.
O objetivo de Sheetara é voltar ao octógono o mais breve possível, contra uma adversária bem ranqueada na divisão até 57kg. A mineira espera ter o contrato renovado pelo UFC para ter mais tranquilidade na sequência. “Tenho mais uma luta no evento, e quero lutar até dezembro, se possível, com o contrato renovado. Mas quero enfrentar uma top 10", projetou.