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Morre Ladislao Mazurkiewicz, ex-goleiro da Seleção Uruguaia, Atlético e Peñarol

Goleiro disputou três Copas do Mundo e foi considerado o melhor da posição em 1970

postado em 02/01/2013 09:06 / atualizado em 02/01/2013 13:45

Arquivo EM/D.A Press
O ex-goleiro uruguaio Ladislao Mazurkiewicz, ídolo do Peñarol e da seleção nacional nas décadas de 1960 e 70, melhor jogador da posição na Copa do Mundo de 1970, que defendeu o Galo entre 1972 e 74, faleceu na madrugada desta quarta-feira.

"Acaba de acontecer o falecimento de Ladislao Mazurkiewicz. Não tenho palavras, apenas tristeza imensa, QEPD", escreveu no Twitter o também ex-goleiro Fernando Alvez.

Mazurkiewicz, de 67 anos, foi hospitalizado há duas semanas por complicações respiratórias e problemas renais.

O goleiro integrou o time da época de ouro do Peñarol, que conquistou a Copa Libertadores da América e a Copa Intercontinental de 1966.

Mazurkiewicz foi o titular da Seleção Uruguaia em três Copas do Mundo: Inglaterra-1966, México-1970 e Alemanha-1974.

Na Copa de 1970, o Uruguai foi derrotado pelo Brasil por 3 a 1, na semifinal, em uma partida marcada por dois lances espetaculares de Pelé.

No primeiro, com um drible de corpo, ele passou pelo goleiro uruguaio mas chutou para fora em uma das jogadas mais bonitas e mais lembradas do Mundial. No segundo, após uma cobrança de tiro de meta ruim, o rei do futebol chutou de primeira para tentar surpreender o uruguaio, mas Mazurkiewicz se recuperou e fez uma grande defesa.

O Uruguai terminou o Mundial em quarto lugar e Mazurkiewicz foi eleito o melhor goleiro da competição.

Para o soviético Lev Yashin, o 'Aranha Negra', considerado o melhor goleiro da história, o uruguaio era o seu sucessor.

O goleiro iniciou a carreira no modesto Racing uruguaio, antes de chegar ao Peñarol. Também defendeu o Atlético. Depois defendeu Granada (Espanha), Cobreloa (Chile) e América de Cali (Colômbia).

Mazurkiewicz se aposentou em 1981 e depois trabalhou como treinador de goleiros do Peñarol.

Histórico no Atlético

Mazurkiewicz começou a carreira em 1965 pelo Peñarol e ficou no clube uruguaio até o fim de 1971, quando acertou sua transferência para o Atlético. Ele chegou a ser vaiado no aeroporto de Montevidéu por deixar o Aurinegro. Em Belo Horizonte, o ex-goleiro demorou quase o dia inteiro para fechar o acordo por exigências de última hora, mas acabou acertando com o então presidente do Galo, Nelson Campos.

Com expectativa de ser uma muralha no gol alvinegro, o uruguaio passou por altos e baixos na meta atleticana. Em 89 jogos no Galo, ele levou 67 gols. O ex-goleiro deixou o clube em 1974 e foi para o Granada, da Espanha.