“Conversei essa semana com a família e a gente se empolgou em voltar para o Brasil, ter a nossa vida aqui de novo. O futebol brasileiro mudou muito nesses dois últimos anos. Isso que tem empolgado, com a empolgação da torcida, querendo diariamente a minha volta. Por isso que a gente está pensando em voltar. Não era meu objetivo. Pensava em ficar lá mais dois ou três anos. Mas devido a Copa do Mundo, estádios, proposta... Isso me deixou bastante feliz”, afirmou Tardelli por telefone à Fox Sports, direto de Santa Catarina.
O camisa 9 adianta que a negociação é complicada. Mas ele tentará uma conversa com o dono do Al Gharafa, Hamad bin Thamer. No momento, o clube não deseja vender ou emprestar o jogador.
“Falta uma conversa do Kalil com o nosso xeque, um acordo entre mim e o Kalil. No momento é muito difícil. Primeiro, que o Al Gharafa não quer liberar. Mas, com uma ajuda minha, talvez facilite isso. Dizendo que eu quero voltar, eles podem, sei lá, me liberar. Essa semana vou conversar com o xeque de novo e ver”.
A preferência nas negociações é do Atlético. No entanto, Tardelli afirma que outros clubes do país também conversaram com ele sobre o retorno. “Já tive conversa com dois ou três clubes do Brasil. De Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Tive várias propostas”, disse.
Tardelli se vê dividido, no momento, entre a grande fase e a vida boa conquistada no Catar e a saudade do futebol brasileiro.
“Estou muito feliz, como vice-artilheiro do campeonato. Já ganhei título importante. E eles estão muito felizes comigo. Não tenho do que reclamar. Mas tem hora que dá aquela saudade do Brasil. Saudade de jogar com torcida, coisa que ainda não tem lá. Mas estou muito feliz e não tenho o que reclamar deles, pelo contrário. Sou grato por tudo que fizeram por mim”.
Libertadores, Robinho e posicionamento
Tardelli seria importante reforço do Galo para a Copa Libertadores de 2013. A possível “cereja do bolo” de Kalil acredita que o clube poderá chegar longe.
“O elenco do Galo já é muito forte. E chegando ainda, com esses jogadores, é um time para chegar na final e brigar pelo título da Libertadores. Vamos torcer, tomara que dê certo”, comenta.
Ele se encontrou com Robinho, do Milan, nas férias. Este é outro grande nome especulado como possível contratação para 2013. “Tive com ele. É meu vizinho aqui em Santa Catarina. Mas ainda não sei se volta, se volta para o Atlético, qual é o destino dele. Mas a gente conversou bastante aqui”.
Por fim, Tardelli também falou sobre como poderia encaixar no sistema de jogo do técnico Cuca. Em 2009, ele lembra que atuou como referência no ataque. Mas ele se sente melhor com liberdade para movimentar.
“Em 2009 eu joguei praticamente assim (como referência). Mas pela caixinha que tenho aqui não sou aquele '9' para aguentar o tranco dos zagueiros. Eu gosto mais de me movimentar, criar as jogadas para mim, vir mais de trás, na ponta esquerda. Tipo a posição do Bernard, que hoje está no Atlético, como joga o Robinho, Emerson Sheik. É mais ou menos essa função”.