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COPA LIBERTADORES

Bombas e invasão de hotel do Olimpia revoltam presidente do clube paraguaio

Torcedores do Atlético passaram à noite em frente à concentração, com foguetes

postado em 24/07/2013 13:11 / atualizado em 24/07/2013 19:03

Jair Amaral/EM/D.A Press

O presidente do Olimpia, Oscar Daniel Carissimo, mostrou-se bastante irritado durante a entrevista oficial da decisão da Copa Libertadores, nesta quarta-feira pela manhã, com os episódios de violência ocorridos durante toda a madrugada em frente e até mesmo dentro do hotel onde a delegação está hospedada, no bairro Belvedere, em Belo Horizonte.

Segundo ele, a partir das 22h de terça-feira, torcedores do Atlético se posicionaram diante do hotel Ceasar Business e começaram a atirar pedras e soltar fogos de artifício, no intuito de atrapalhar o sono dos jogadores que decidirão o título continental. Às três da manhã, o hall do hotel foi invadido por alguns atleticanos e a Polícia Militar, em pequeno número, teve dificuldade de controlar o tumulto. As bombas explodiram na região até as 8h15.

“Foi uma verdadeira batalha campal. É lamentável que um país como o Brasil, que será sede de um Mundial no ano que vem, tenha permitido a situação chegar a esse ponto. As bombas explodiram durante toda a madrugada e foram até as 8h15 da manhã desta quarta. Invadiram o hotel na madrugada. Os policiais estavam em menor número e não conseguiram impedir que os torcedores adentrassem o hotel. Foi um absurdo”, disse Oscar Carissimo ao Superesportes.

O dirigente lembrou que essa é a quarta vez que ele comparece a Belo Horizonte para acompanhar o Olimpia em jogos importantes e jamais tinha presenciado algo parecido. “Estive aqui em três jogos importantes contra o Cruzeiro, por Supercopa, Libertadores, e também uma para a decisão da Conmebol contra o Atlético. Isso foi lamentável, não tinha acontecido. Queríamos apenas segurança. Que a Conmebol e a Fifa olhem para isso, e tomem providências. Isso não pode mais acontecer em jogos de Libertadores”.

Carissimo garantiu que a noite mal dormida não influenciará no desempenho do Olimpia na grande final contra o Atlético. “Nosso plantel é profissional, por isso estamos nessa instância onde clubes importantes estão. Se dormiram mal à noite, eles vão almoçar e dormir até a hora do jogo. Não há problema. Mas poderia ter sido mais grave. Quero denunciar isso não por revanche, mas pelos jogadores. Todos sabem o que ocorreu, acho que podem melhorar a segurança. Mas isso não influencia nada. Uma noite mal dormida não influenciará nada”.

Ao contrário do que foi especulado por jornais do Paraguai, o Olimpia em nenhum momento cogitou trocar de hotel por conta da presença de atleticanos na porta no Belvedere. “Isso jamais foi pensado por nós. Estamos no mesmo hotel com nossas famílias. Os jogadores ocuparam o quarto e o quinto andar. Eles não chegaram a presenciar a invasão da madrugada. Muitos dormiram sem problemas. Mas é uma pena que isso tenha ocorrido no Brasil”.

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