O presidente do Atlético, Alexandre Kalil, concedeu entrevista à Placar do mês de dezembro. Alguns trechos já foram reproduzidos na internet pela revista, que será lançada nesta sexta-feira.
Questionado sobre o título brasileiro do Cruzeiro, Kalil lembrou a conquista da Libertadores e a disputa do Mundial de Clubes:
“Infelizmente, desgraçadamente, tristemente, eu não senti nada quando o Cruzeiro foi campeão brasileiro. Depois da Libertadores, eu esqueci que o Cruzeiro existe. Isso é um desastre íntimo para mim. E o Cruzeiro só foi campeão brasileiro porque o Atlético ganhou a Libertadores. Eles ficaram com ódio da festa que a gente fez na cidade. No fim do ano, vamos virar pra eles [cruzeirenses] e dizer: “Nós somos campeões do mundo”.
Uma das atitudes do início da sua gestão que ainda gera curiosidade é a extinção do departamento de marketing.
“Marketing no futebol é bola dentro da casa. Se a bola entrar naquela casinha, você vende até Modess pra homem. É só colocar o escudo do Atlético. O departamento de marketing tinha 18 pessoas, dava um prejuízo de 4 milhões de reais por ano. Não foi desmanchado porque eu acho feio e bobo, não. Marketing, pra mim, é aquela página de jornal [anúncio comprado depois do título do Cruzeiro]. Porque isso alegra a torcida”, disse.
Kalil ainda admitiu que a construção de um estádio pelo clube é um assunto que tem sido discutido internamente. Contudo, ele deixa que os próximos passos sejam tomados pelo presidente que o sucederá.
“Nós [da diretoria] temos conversado e muito sobre isso. Vieram me procurar, sabendo do potencial da torcida do Atlético, para um projeto de estádio em BH. Mas na minha gestão não dá mais tempo. Quero bolar um projeto e deixar para o próximo presidente fazer”.