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Guilherme corre contra o tempo para poder atuar na decisão da Copa do Brasil no Mineirão

Meia-atacante está em recuperação de estiramento muscular na coxa direita

postado em 20/11/2014 07:15 / atualizado em 20/11/2014 00:59

Roger Dias /Estado de Minas

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Longe dos gramados desde o empate diante do Bahia, em Salvador, em 21 de outubro, o armador Guilherme corre contra o tempo para voltar ao Atlético antes do fim da temporada de 2014. Em recuperação de estiramento muscular na coxa direita, o jogador começou as corridas no campo aliadas ao trabalho de fisioterapia e tenta ser aproveitado nos últimos compromissos pelo Campeonato Brasileiro: contra Coritiba, no Independência, dia 30; e contra o Botafogo, no Maracanã, em 7 de dezembro.

Mas a comissão técnica sonha em vê-lo nos gramados na finalíssima da Copa do Brasil diante do Cruzeiro, no Mineirão, na próxima quarta-feira. O jogador não está totalmente descartado para a partida, mesmo que não esteja na parte de transição do departamento médico para a preparação física. “A situação ainda é indefinida, mas ele não está vetado para enfrentar o Cruzeiro. Temos uma semana para que ele possa recuperar. O jogador não está na transição, mas começou a fazer trabalhos físicos mais fortes e fisioterapia. Estamos aguardando”, ressalta o médico Otaviano de Oliveira.

O que dificultaria sua presença na decisão é seu histórico de lesões musculares no Atlético. Por isso, passará por trabalhos mais complexos de recondicionamento físico e fisioterápicos antes de ser liberado para treinar com o grupo. Dependendo da dedicação do camisa 17, o tempo tende a ser menor. O armador foi um dos destaques do time alvinegro na classificação épica às semifinais da Copa do Brasil diante do Corinthians, fazendo dois gols e dando uma assistência.

Esta foi a terceira vez neste ano que Guilherme ficou ausente do Galo por problemas médicos. Desde então, teve duas lesões na coxa direita e uma entorse no tornozelo esquerdo. No clube desde março de 2011, ele já chegou a 14 lesões, média de uma a cada três meses, o que o teria impedido de uma série maior de jogos como titular e inviabilizado o investimento de R$ 15 milhões em sua contratação.

“Quando o Guilherme conseguir uma boa sequência de partidas, será um dos melhores jogadores do Brasil e vai conquistar seus objetivos passo a passo. Mas as contusões o prejudicam. Lamento muito pela qualidade técnica. É um atleta que eu gosto muito de ver jogando. Tem categoria e muita classe para jogar. A gente espera que ele possa jogar ainda nesta temporada”, avalia o técnico Levir Culpi, que reitera que não queimará etapas para vê-lo atuando mais rapidamente.

SEM RENOVAÇÃO O excesso de contusões seria um dos motivos pelos quais a diretoria ainda não teria renovado o contrato do armador, que expira em março do ano que vem. As duas partes já começaram as negociações, mas não houve acordo devido à questão salarial – ele descarta uma redução (ganha cerca de R$ 300 mil mensais). Com base na Lei Pelé, está apto a assinar um pré-contrato com outro clube do Brasil ou do exterior. No entanto, ainda considera prioridade a permanência em Minas.

O DRAMA DO ARMADOR

1ª lesão (28/5/11)
Deixa o jogo contra o Avaí, na Ressacada (vitória por 3 a 1), reclamando de forte dor na coxa. Depois de três dias, faz ressonância magnética, que constata estiramento grau 1 na coxa direita. Para por duas semanas

2ª lesão (7/7/11)
Na derrota para o Ceará (3 a 0), no Presidente Vargas, pelo Brasileiro, ele teve de ser substituído ainda na primeira etapa. Depois, veio o resultado da ressonância magnética: estiramento grau 1 do músculo posterior da coxa direita. Ficou 25 dias de molho

3ª lesão (20/9/11)
Na última atividade de preparação antes de encarar o Flamengo, em Sete Lagoas, pelo Brasileiro, o jogador foi poupado por causa de dor na coxa esquerda. Resultado: contratura no local, que o deixou inativo por 10 dias

4ª lesão (12/10/11)
Machucou-se em treino de preparação para o duelo com o Santos, na Arena do Jacaré, pelo Brasileiro. No exame de imagem, foi detectado estiramento muscular grau 2 na coxa direita, cujo tempo de recuperação foi de cerca de 30 dias

5ª lesão (20/4/12)
Sofreu estiramento grau 1 na panturrilha esquerda às vésperas do confronto com o Tupi, pelas semifinais do Mineiro. Parou por 15 dias

6ª lesão (13/5/12)
Substituído por Leleu no segundo tempo contra o América, na segunda partida da final do Estadual. Dessa vez, teve estiramento na panturrilha esquerda. Voltou aos gramados apenas em 8 de julho, na vitória sobre a Portuguesa por 2 a 0, no Horto

7ª lesão (15/01/13)
Depois de seis meses sem lesões, o jogador sofreu edema na panturrilha esquerda, durante a pré-temporada. Ficou um mês de molho

8ª lesão (7/5/13)
O armador entrou no segundo tempo na goleada sobre o Tombense por 5 a 1, pelo Campeonato Mineiro, mas deixou o campo com dor na coxa esquerda. Resultado: estiramento grau um. Ele só voltou a jogar na primeira rodada do Brasileiro, diante do Coritiba, no Couto Pereira – derrota por 2 a 1

9ª lesão (27/7/13)
Três dias depois do título da Copa Libertadores diante do Olimpia, no Mineirão, reclamou de dor na coxa direita. Exame constatou lesão muscular que o deixou afastado por mais 15 dias. Voltou a ser relacionado para o empate sem gols com o Internacional, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo

10ª lesão (13/9/13)
O jogador não foi relacionado para a partida contra o Grêmio, em Porto Alegre. O médico Otaviano de Oliveira confirma que o camisa 17 se recupera de estiramento grau 2 na coxa esquerda, sua 10ª contusão desde a chegada ao Galo

11ª lesão (14/11/2013)
Retornou na derrota para o Botafogo, no Maracanã, no fim de outubro. Mas o drama das contusões voltou a assombrá-lo depois de sofrer fisgada na coxa direita. Foi constatado novo estiramento muscular. Ele até embarcou para o Mundial de Clubes, mas não entrou em nenhum dos jogos

12ª lesão (4/5/2014)
`Às vésperas do duelo com o Nacional-PAR, em Ciudad del Este, pela Copa Libertadores, torceu o tornozelo esquerdo num lance casual no treino e ficou fora do banco de reservas. Foi sua única contusão não muscular

13ª lesão (10/8/14)
O jogador deixa a partida contra o Palmeiras (vitória por 2 a 1) aos 39min do 1º tempo ao ‘sentir o pé pesado”, como ele afirmou. No dia seguinte, foi constatada lesão muscular no adutor da coxa direita

14ª lesão (21/10/14)
Deixou a partida contra o Bahia no primeiro tempo se queixando de dor na coxa direita. Foi constatada nova lesão, o que tirou da reta final da Copa do Brasil e do Brasileiro