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Apaixonados vibram no Independência

Estádio no Horto reuniu cerca de 4 mil torcedores que assistiram ao jogo pelo telão

postado em 27/11/2014 10:00 / atualizado em 27/11/2014 09:24



Zulmira Furbino e Pedro Ferreira
Estado de Minas


Palco de diversas vitórias do Galo no decorrer do ano, o Independência, ontem, foi cenário de muita comemoração. Entre 5 mil e 6 mil torcedores, de acordo com dados preliminares divulgados pela coronel Cláudia Romualdo, comandante do Policiamento da Capital, da se reuniram no estádio, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, para assistir pelos telões ao duelo entre Atlético e Cruzeiro pela final da Copa do Brasil.

A alegria fez parte da festa. No entanto, pelo menos no primeiro tempo, o público foi menor do que o esperado: foi inferior a 4 mil torcedores, segundo um segurança do estádio que pediu para não ser identificado. No segundo tempo, mais atleticanos chegaram para aguardar a entrega da taça aos jogadores. Assim que a partida terminou, muitos se abraçaram, gritaram, cantaram. Os festejos duraram por cerca de meia hora. A torcida depois se dispersou com tranquilidade. Parte seguiu para a Praça Sete e para a sede do Galo, na Avenida Olegário Maciel, pontos tradicionais de comemorações dos atleticanos.

As bombas jogadas por torcedores dentro do Independência é que ofuscaram um pouco da festa: várias pessoas passaram mal e tiveram de ser socorridas pelos bombeiros civis. Foi o caso de Igor Fiuza, de 15 anos, que perdeu o gol do Galo, no fim do primeiro tempo, porque se sentiu mal no banheiro, por causa da fumaça das bombas, e teve de ser levado ao posto médico do estádio. “Só vi o gol depois pelo telão”, lamentou.

Maria Lúcia, de 60, tinha o sonho de assistir a partida no Mineirão, mas só tinha R$ 250. Resolveu ir para o Independência, onde pagou apenas R$ 10 pelo ingresso, mas não se conformou e chorou durante boa parte do primeiro tempo. Com seu chapéu de galo na cabeça, no entanto, celebrou, diante da vitória. Antes do início da partida, ainda em frente ao estádio, a estudante Maria Gabriela de Castro, de 17, ex-cruzeirense, esperava confiante. Ela mudou de time depois da vitória do Atlético sobre o Cruzeiro na primeira volta da final da Copa do Brasil, há duas semanas. “Troquei de time porque a torcida do Galo é mais animada”, justificou. O pintor Leonardo Wallace Martins, de 31, é membro da Galoucura e apostou, inicialmente, num placar de 2 a 1 para o seu time. “Esse é o jogo da vida dos jogadores e também da nossa. Para mim, está valendo mais do que a Libertadores”, reconheceu. Mesmo antes do gol da vitória ele já levantava a taça que levou para o Independência.

Na portaria 4 do Independência, torcedores ligados à Galoucura se aglomeraram em diversos momentos, cantando hinos e gritando palavras de ordem contra o Cruzeiro. Por ali, muitas bombas, apelidadas de “garrafas”, também foram atiradas. Assustaram o galo levado pelo torcedor Elmo Martins. A ave deu sorte, acredita seu dono. Segundo Cláudia Romualdo, apesar das bombas, não houve nenhum incidente sério na região do Independência. Não foram registradas brigas ou ocorrências mais graves.