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Fim do jejum não aplaca fome de gols

Produção contra o Villa Nova reforça a motivação de Carlos em consolidar posição no ataque atleticano, ainda mais com a iminente sombra do experiente Thiago Ribeiro

postado em 01/04/2015 08:13 / atualizado em 01/04/2015 08:16

EM/D. A Press
O jejum de nove jogos sem balançar as redes pelo Atlético ficou pelo caminho, mas ainda resta conseguir a regularidade. Depois de marcar duas vezes contra o Villa Nova, Carlos não só tirou um peso das costas como ganhou uma dose a mais de confiança na tentativa de acabar com o descrédito da torcida. Diante do Boa, domingo, às 16h, em Varginha, pela última rodada da fase de classificação do Campeonato Mineiro, o prata da casa, de 19 anos, completará a 50ª partida com a camisa alvinegra. Em quase dois anos como profissional, o jovem atacante conquistou a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil.

Carlos sabe que as cobranças a concorrência tendem a ser mais fortes. O Atlético está prestes a contratar Thiago Ribeiro, de 29 anos. Indicado por Levir Culpi, o ex-cruzeirense pode atuar justamente pela ponta e ser uma sombra para o ex-júnior. “Se a negociação for concretizada, vai ser bem-vindo, vai ajudar muito o grupo. A disputa será muito boa. Por isso, temos de voltar ao ritmo e fazer gols em todos os jogos.”

Nas categorias de base, Carlos se consolidou como um dos principais artilheiros do clube nas últimas temporadas. Em três categorias (infantil, juvenil e júnior), foram 110 em apenas quatro anos. No profissional, são apenas 11. Diante disso, as cobranças da torcida passaram a ser frequentes. Em recente declaração, Levir detectou o problema do garoto: como foi promovido muito cedo ao time principal, queimou etapas na base, como treinos de finalização, cabeceio e arrancadas. “Temos de mostrar cautela com ele, porque ainda é muito jovem. Já é titular da equipe e carrega responsabilidade de resolver as coisas na frente. E antes não estava conseguindo. O gol, a vitória, o reconhecimento podem ajudar muito na parte psicológica, e ele pode conseguir responder ao apoio. Mas ainda tem de evoluir na questão técnica, porque está errando nas finalizações. Na penetração ao ataque, é muito bom e cria cinco ou seis chances por jogo”, analisou o treinador.

Carlos, que ainda não marcou na Copa Libertadores, vive a expectativa de ajudar o Galo a ficar próximo da classificação às oitavas de final, se vencer o Santa Fe quinta-feira, no Independência. Ele tenta se adaptar ao máximo ao lado de Lucas Pratto. A dupla com o argentino tem sido efetiva na temporada, com sete dos 14 jogos em 2015.

O atacante passou por problemas extracampo em fevereiro – não apareceu em um treino no carnaval. Por causa disso, o rendimento caiu e lhe custou a vaga na equipe. Para Carlos, tudo já faz parte do passado. “O psicológico está tranquilo, dentro e fora de campo. Levir me cobra diariamente para que eu faça o melhor, e quero que a torcida não pegue tanto no meu pé. Estou me esforçando para isso, minha família me apoia. Procurei resolver essas dificuldades o mais rápido possível para não me atrapalhar mais.”

O jogador sonha com a Seleção Olímpica, mas entende que terá de resgatar o prestígio com o técnico Alexandre Gallo. Convocado para o Sul-Americano Sub-20, em janeiro, acabou cortado devido a lesão muscular, sofrida provavelmente nas férias. mas voltou a atuar pelo Galo antes da estreia da equipe verde-amarela na competição continental.

MUDANÇAS NO SUL DE MINAS

O Atlético terá novidades contra o Boa, no Melão. De volta da Seleção Olímpica, Douglas Santos reassume a lateral esquerda. Fica a expectativa de o armador Dátolo, recuperado de contusão, atuar alguns minutos no segundo tempo. Já o zagueiro Leonardo Silva deve começar pela primeira vez uma partida desde que fraturou um dos dedos da mão esquerda. O experiente zagueiro disputou a segunda etapa contra o Villa Nova.

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