
Levir fez referência à bipolaridade dos torcedores, que, ao mesmo tempo que excederam os elogios à equipe depois das vitórias sobre Vasco e Avaí, criticaram os atletas pelo revés no clássico. O treinador tenta blindar seus comandados e projeta tranquilidade nos próximos dias: “Somos bipolares às vezes. Um extremo elogio e, depois de uma derrota dessas, uma crítica injusta. Isso é muito comum de acontecer. São situações que a gente consegue controlar internamente, mas externamente nós somos bipolares. Mas é preciso ter calma. Quem comanda vai fazer o que tiver de ser feito, e os torcedores precisam dar força para o time”.
Com exceção do lateral-direito Marcos Rocha, há um mês no departamento médico, o Galo terá todos à disposição para tentar vencer o Peixe. Levir vai analisar o estilo de jogo do adversário para depois definir os titulares, assim como tem feito desde o começo do Brasileiro. A dúvida é se ele manterá o quinteto ofensivo com Dátolo, Giovanni Augusto, Luan, Carlos e Lucas Pratto. Outras opções para o setor são Thiago Ribeiro, Maicosuel, Guilherme, Cárdenas e Jô.
Um dos melhores do time alvinegro contra o Cruzeiro, o volante Rafael Carioca sabe que a equipe entrará pressionada pela torcida, mas confia na força em casa: “Acho que, por se tratar de jogarmos no Independência, torna-se mais complicado para os adversários. A nossa meta era conseguir seis pontos contra Cruzeiro e Santos, mas não será possível. Agora não podemos pensar em empate ou derrota. Vamos aproveitar o apoio da torcida e voltar a fazer grande jogo”.
Ele afirma que o Galo não deve ser crucificado pelo que fez diante da Raposa. “Sabemos que em clássico tudo pode acontecer. Não digo que o Atlético foi mal, são detalhes que fizeram a diferença. Eles fizeram três gols em três chances e nós insistimos e não conseguimos. Agora, teremos outro clássico do futebol brasileiro, contra o Santos, e, dentro do Horto, não podemos perder pontos se quisermos nos manter no G4. Vamos ter pouco tempo para corrigir os erros, mas espero que tudo dê certo.”
MARCA INDIVIDUAL Contra o Santos, Levir vai estabelecer uma marca individual que ele mesmo traçou como principal objetivo em 2015: o 257º jogo comandando o Galo, mesmo número de partidas pelo Cruzeiro. Pelo time alvinegro foram quatro passagens e seis títulos conquistados: a Série B de 2006, a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil no ano passado, além de três Mineiros. Em suas três vezes no comando celeste foram seis conquistas, com destaque para a Copa do Brasil de 1998.