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Pimenta no caldeirão

Na reta final do Brasileiro, Atlético aposta em aproveitamento de 70,3% no Horto, onde fará cinco dos nove jogos restantes, incluindo o clássico com o Corinthians

postado em 06/10/2015 11:00 / atualizado em 06/10/2015 08:22

BRUNO CANTINI / ATLÉTICO
O Atlético aposta em seu histórico recente de sucesso no Independência para encarar bem a reta final do Campeonato Brasileiro e tentar conseguir o segundo título nacional. Dos nove jogos restantes até o fim da competição, em dezembro, cinco serão no Horto, inclusive o duelo decisivo com o Corinthians, em 1º de novembro, pela 33ª rodada. A diretoria optou por mandar seus últimos compromissos no estádio por razões tanto técnicas quanto econômicas, já que não teria chegado a um acordo financeiro vantajoso com a Minas Arena para atuar no Mineirão.

Nas últimas conquistas representativas, como na Copa Libertadores e na Copa do Brasil, o time alvinegro disputou as fases mais importantes no Gigante da Pampulha. Desta vez, o presidente Daniel Nepomuceno abriu mão de jogar para mais de 40 mil pessoas porque os valores propostos não bateram com os interesses do clube alvinegro. A realidade é que houve mudanças importantes na direção da concessionária que administra o estádio e o Galo não se entendeu com os novos administradores. Além disso, causou impressão negativa a derrota para o Grêmio por 2 a 0, em 13 de agosto, na última atuação da equipe na arena.

De qualquer forma, o critério técnico também foi levado em conta pelo Atlético para se manter no Horto. A primeira das cinco batalhas no estádio será dia 14, contra o Internacional, às 19h30. Em seguida, Ponte Preta, Corinthians, Goiás e Chapecoense. Neste Brasileiro, a equipe sustenta 70,3% de aproveitamento no local, tendo perdido somente duas vezes: para o Cruzeiro por 3 a 1, no turno, e 1 a 0 para o Atlético-PR, no returno.

O técnico Levir Culpi entende que optar pelo Independência fará bem aos jogadores, que ficarão bem mais próximos da torcida, e poderá criar uma dificuldade maior para os rivais: “Temos de estar juntos, temos de encher aquele estádio. Não quero pressão contra os adversários (por causa de arbitragem) e sim incentivo para que possamos jogar bem. Com a torcida apoiando, temos chance de apertar o Corinthians em breve. Existe possibilidade clara de título, porque não dá para duvidar de nossa equipe”. Na rodada do fim de semana, a vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba combinada com o 2 a 2 do Corinthians com a Ponte Preta fez cair de sete para cinco a vantagem dos paulistas na liderança.

Em 108 jogos no novo Horto, o Galo foi derrotado apenas oito vezes e conquistou 75% dos pontos. Esse retrospecto positivo se torna um trunfo para encarar os compromissos com mais equilíbrio e força, a começar pelo Internacional. “A torcida vai comparecer em grande número por se tratar de um clássico do futebol brasileiro, ainda mais pela rivalidade. Precisamos dela para pressionar o Inter. São 27 pontos em jogo e tudo pode acontecer nessa reta final. Em 2009, o Flamengo teve uma arrancada brilhante, conseguiu vitórias seguidas e foi campeão. A gente vai pensar jogo a jogo e temos um compromisso complicado, um clássico, contra o Inter. Se vencermos, a confiança aumenta”, ressalta o volante Rafael Carioca.

VOLTA AO BATENTE No retorno aos trabalhos hoje à tarde, depois de dois dias de folga, a tendência é de que o capitão Leonardo Silva continue participando das atividades com o grupo. Ele fraturou o quarto metacarpo do dedo anular da mão direita na goleada sobre o Coritiba, no Couto Pereira, e usará uma tala de proteção no local. Mesmo assim, está liberado para treinar e enfrentar o Inter. Já o argentino Dátolo dificilmente estará em campo, pois se recupera de corte profundo na perna esquerda. Outro que não enfrenta o colorado é o atacante Carlos, que levou o terceiro cartão amarelo.