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Comandante descarta erro da Polícia Militar em ação no Horto e responde presidente do Galo

Para a PM, o Bairro Horto não "absorve a rivalidade de um grande jogo"

postado em 04/11/2015 14:00 / atualizado em 04/11/2015 19:55

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Depois de o presidente do Atlético responsabilizar a Polícia Militar pela violência no entorno do Independência, na partida do Galo contra o Corinthians, nesse domingo, o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Gianfranco Caiafa, procurou o Superesportes para responder o mandatário alvinegro. O representante da PM e responsável pela escolta da torcida do clube paulista em Belo Horizonte descartou erro de atuação da corporação e explicou que o Bairro Horto não “absorve a rivalidade de um grande jogo”. Caiafa também questionou o conhecimento de Nepomuceno sobre segurança pública.

“Em momento algum nós falamos que o estádio do Independência não é seguro. O que não absorve uma demanda de um jogo com grande rivalidade é o Bairro Horto. Quando o presidente do Atlético culpa a Polícia Militar pela violência, digo que a culpa é da torcida do Atlético, que hostilizou a torcida do Corinthians o tempo todo”, explicou o comandante do batalhão de choque.

O representante da PM ainda retrucou o presidente do Atlético quanto à afirmação de que “a pancadaria foi culpa da polícia, que não soube conduzir os torcedores”. Caiafa respondeu: “Que ele não venha transferir responsabilidade para a Policia Militar. Ele entende tanto de estratégia de segurança quanto eu entendo de contrato de jogador. E se ele entende tanto de estratégia da Polícia Militar, que entre na PM e venha fazer a diferença aqui”, criticou.

Questionado sobre a rota feita para o transporte da torcida corintiana, o comandante do Batalhão de Choque da PM se defendeu. Historicamente, torcedores visitantes acessam o Independência pelas Ruas Córrego da Mata e Alexandre Tourinho (conhecida como beco), por onde chegam à Ismênia Tunes. No entanto, no jogo de domingo, a PM alterou a estratégia e conduziu os ônibus dos corintianos até a esquina das Ruas Nancy de Vasconcelos Gomes e Pitangui. Dali, os visitantes seriam conduzidos pela PM até a Rua Alexandre Tourinho (beco) e ao portal 8 na Ismênia Tunes.

Atleticanos que estavam nas proximidades da esquina e em bares da região se surpreenderam com a chegada dos ônibus dos visitantes naquele ponto e os mais exaltados atiraram objetos, latas e garrafas. Como resposta, policiais militares dispararam bombas de efeito moral e tiros com balas de borracha.



Na quinta-feira, dia 29 de outubro, o Corinthians adquiriu 1.800 ingressos para o jogo. Apesar desse volume de pessoas, a Polícia Militar tinha a informação de que apenas 12 ônibus chegariam a Belo Horizonte vindos da capital pauilsta trazendo corintianos. Segundo o tenente-coronel Gianfranco Caiafa, o maior volume do comboio fez a polícia mudar a estratégia nas cercanias do Independência.

“Por erro de informação do Corinthians, esperávamos 12 ônibus. Quando chegaram aqui na barreira de Betim eram 26 ônibus e 7 vans. Eram 1800 pessoas. Não poderia fazer o transporte deles caminhando, porque o risco de acontecer algo muito pior era muito grande. A Rua Nancy de Vasconcelos era o único lugar que eu poderia chegar com os ônibus. Não poderia entrar na Avenida dos Andradas porque passaria em todos os locais de concentração da torcida do Atlético”, justificou-se.

A avaliação para o comandante é que não houve erro por parte da Polícia Militar. “Não tivemos ninguém hospitalizado com gravidade, não tivemos morte. Evitamos um problema que poderia ter sido muito maior”, afirmou o representante da corporação, que criticou o comportamento da torcida do Atlético. “A torcida do Atlético tem que entender que o Horto não é dela, nem o bairro nem o estádio são dela. Qualquer um tem direito de ir sem ser hostilizado. Temos tudo gravado, a nossa conduta foi correta”, acrescentou.



Nada a declarar sobre ação em residência

Ao procurar a reportagem, nesta quarta-feira, o tenente-coronel Gianfranco Caiafa não quis se manifestar sobre a ação dos policiais que trabalharam na ocorrência de invasão da residência da dona de casa Inês de Araújo Cardoso, de 69 anos, na Rua Alexandre Tourinho, ao lado do Independência. No domingo, a família dela viveu momentos de pânico quando dezenas de torcedores do Corinthians invadiram a casa enquanto eram perseguidos por militares. Segundo relato da moradora, integrantes do Batalhão de Choque entraram em sua casa atrás dos corintianos e começaram a jogar bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, destruindo portas e o banheiro.

No local havia mais de seis crianças. Uma sobrinha de Inês, grávida, precisou pular uma janela para escapar da confusão. O filho da dona de casa, o cabeleireiro Marcos Cardoso Pereira, de 37, se trancou no banheiro com mais seis torcedores e denuncia que a porta foi destruída a chutes pelos militares, que jogaram uma bomba de efeito moral dentro. O vaso sanitário foi arrancado. A banheira de um bebê foi partida ao meio.

Procurado pela reportagem do Estado de Minas, no domingo à noite, o tenente-coronel Gianfranco Caiafa informou que o caso será apurado. Ele disse ter sido informado que os militares entraram nas casas para proteger os moradores,. “Os torcedores entraram nas casas promovendo quebradeira e a PM foi para socorrer os moradores. A confusão começou porque a torcida queria furar a entrada no estádio e a Tropa de Choque usou a força e eles saíram correndo e entraram nas casas”.

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