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Com denúncia de pirataria, camisa número 3 do Atlético é retirada da loja do clube

Oficiais de Justiça estiveram na Loja do Galo para realizar a apreensão

postado em 13/12/2016 18:20 / atualizado em 13/12/2016 18:58

Bruno Cantini/Atlético

No dia em que anunciou o fim da parceria com a Dryworld e a assinatura do contrato com a Topper, que será a fornecedora de uniformes do clube a partir de 2017, o Atlético esteve em meio a um imbróglio judicial. Oficiais de justiça estiveram na Loja do Galo, que fica no bairro de Lourdes, para recolher todas as camisas número 3 do Alvinegro, lançadas em novembro. A acusação é de pirataria.

A denúncia foi feita pela Rocamp, empresa que produzia os uniformes da Dryworld. De acordo com o dono Edson Campagnolo, a fábrica paranaense é a única no Brasil que tem os direitos de produzir camisas da empresa canadense. A acusação de pirataria é feita contra a Tecnotêxtil Confecções, da cidade mineira de Três Pontas, que se tornou parceira do Atlético e confeccionou o uniforme número 3 do Galo.

“A gente entrou com uma ação buscando os nossos direitos na Justiça. Uma empresa de Minas Gerais, a Tecnotêxtil, encomenda pelo Atlético, acabou produzindo uma camisa oficial da Dryworld. No entanto, só a gente pode produzir camisas da Dryworld no Brasil. Notificamos que isso não poderia acontecer, que isso é pirataria. Embasamos com contratos mostrando toda a parceria e exclusividade”, disse Edson, em entrevista ao Superesportes.

Além da denúncia de pirataria, a Rocamp acusa a Tecnotêxtil de estelionato, já que a empresa de Três Pontas colocou, na gola da camisa número 3 do Atlético, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da fábrica paranaense.

“Além de fabricar sem autorização, a Tecnotêxtil utilizou o CNPJ de nossa empresa na gola da camisa. Isso é crime de estelionato”, disse Campagnolo.

Além de retirar as camisas da Loja do Galo, a Rocamp vai retirar de todo o mercado as camisas número 3 do Atlético. “A gente vai continuar fazendo busca e apreensão. Nossos advogados estão na busca para tirar todas do mercado, não apenas das lojas do Atlético”, concluiu.

Atlético diz que processo não afeta o clube

A reportagem entrou em contato com Lásaro Cunha, diretor jurídico do Atlético, que afirmou que a denúncia não afeta em nada o clube.

“Isso não afeta o Atlético. O problema é entre as duas fábricas. Podemos ir a juízo apenas para defender os lojistas que venderam o ‘produto pirata’”, disse.

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