Com a desistência do atual presidente em disputar a reeleição, em dezembro próximo, o candidato da situação deverá ser o atual vice-presidente do conselho deliberativo do Atlético, Sérgio Sette Câmara. Outros postulantes, com pré-candidaturas já lançadas, são Frederico Peçanha Couto e Fabiano Lopes Ferreira.
Alexandre Kalil disse que tentou convencer Daniel Nepomuceno a rever a decisão de não disputar novo mandato no clube, mas o presidente manteve a posição. “Eu já sabia que ele não seria candidato à reeleição há seis meses. Foi uma escolha pessoal dele. E quando ele veio me falar que não seria candidato, eu sugeri a ele que fosse para casa e pensasse. Ele insistiu que não queria, ele escolheu que não queria”, contou.
Kalil ressaltou, no entanto, que a diretoria atual precisa se concentrar na sequência do Campeonato Brasileiro, já que o Atlético ainda está na briga para entrar na zona de classificação para a Copa Libertadores de 2018, o chamado G-6. O atual prefeito de BH ainda criticou a postura de alguns conselheiros de oposição, que, segundo ele, se aproveitam de alguns momentos de turbulência para aparecer.
“Isso é praxe acadêmica no Atlético. No sucesso, aquelas caras cavernosas que vi lá na última reunião não posaram no conselho. Eles só voltaram quando o Atlético deu uma tremidinha. Quando eu estava sofrendo lá em 2011, estavam todos lá, em cima da carniça. Mas eles sumiram em 2012, 2013, 2014. Agora eles aparecem e pousam. São os que não ganham nada futebol clube. São uns perdedores. Mas é outro assunto, vamos levar o Atlético para a Libertadores e tirar esses ondeiros lá de dentro. E vamos focar no futebol, depois trataremos de eleição”, enfatizou.
Alexandre Kalil foi presidente do Atlético entre 2009 e 2014. Em sua gestão, o clube conquistou os principais títulos da história, como Copa Libertadores de 2013 e Copa do Brasil de 2014, além da Recopa Sul-Americana. Ele passou o bastão justamente para Daniel Nepomuceno, que ocupava cargo de vice-presidente e assumiu a partir de 2015.