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MERCADO

Manutenção de preço, reposição interna e contradição marcam a saída de André

Atacante vai jogar no Santos até dezembro de 2013 e deixa a Cidade do Galo

postado em 10/08/2012 14:57 / atualizado em 10/08/2012 16:04

A negociação que marcou o retorno de André para o Santos, anunciada nesta sexta-feira, coloca em evidência três fatores que agitam os bastidores do Atlético. A manutenção do valor de mercado do jogador, a caça por um substituto no futebol brasileiro e uma declaração do presidente Alexandre Kalil que não se concretizou.

Bruno Cantini/Atlético

Valor: 8 milhões de euros

Três semanas após o Atlético concretizar a compra de André junto ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, por 8 milhões de euros, o jogador mantém o seu valor de mercado. O empréstimo para o Santos envolve a venda de 25% dos direitos do atacante por 2 milhões de euros.

Proporcionalmente, André continua valendo o mesmo preço que o Galo pagou. Como deverá ser titular na equipe paulista, ele poderá voltar a formar boa dupla de ataque com o amigo Neymar e tem chances de se destacar.

No entanto, quando o clube alvinegro pegou André por empréstimo de 12 meses junto ao Dínamo, ele custou 2,2 milhões de euros e teve 20% dos direitos adquiridos. Desta vez, o Santos leva 25% dos direitos, e quatro meses a mais de vínculo, por um preço ligeiramente inferior.

De olho no futebol brasileiro

Atacantes da Série A do Campeonato Brasileiro que não completaram sete jogos pelos seus clubes ou da Segunda Divisão deverão entrar no alvo da diretoria do Atlético a partir desta sexta-feira. O clube terá que buscar um substituto para André no mercado nacional. A janela de transferências para contratações do exterior está fechada.

O trabalho deverá ser bastante árduo, como o próprio exemplo do Santos demonstra. O Internacional também teve grande dificuldade para achar um novo “camisa 9” nas últimas semanas.

Para o ataque, Cuca agora conta com Jô, Guilherme e o jovem Paulo Henrique, que podem fazer a função de referência.

“Depois da raiva que passei, não vou emprestar para ninguém”


Há apenas três semanas, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, anunciou que não emprestaria André para o Santos. “Depois da raiva que passei, não vou emprestar o André para ninguém. Eu que passei a raiva, eu que vou aproveitar”, disse, em entrevista coletiva, após vitória ante o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro.

Na ocasião, Kalil se referia à dificuldade encontrada para concretizar a negociação. O Grupo Sonda, que seria parceiro do Galo na operação, desistiu em cima do prazo do pagamento. A diretoria alvinegra teve que renegociar as parcelas com o Dínamo.

O Galo já era dono de 20% do camisa 9. Outros 80% estavam à venda por 5,8 mihões de euros. O clube garantiu a compra e ficou de buscar novos parceiros por André.

A reportagem procurou a diretoria alvinegra na tarde desta sexta-feira, mas não obteve sucesso.