Atleticanos enfrentam chuva e 'desinformação' por ingresso na decisão da Copa do Brasil

Em frente à sede do Atlético, no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul da capital mineira, um grupo de torcedores espera ansiosamente desde a manhã de segunda-feira para comprar um ingresso para a decisão da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 22h, no Mineirão.

Além da adversidade climática - com a chuva que insiste em cair, os atleticanos enfrentam a falta de informação sobre a comercialização dos bilhetes. Existe, inclusive, o risco de ficar sem o sonhado lugar na finalíssima. Isso porque a disputa extracampo entre as diretorias de Atlético e Cruzeiro ganhou mais um capítulo.

A Raposa entrou com agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em que pede para cobrar R$ 1.000 pelos bilhetes dos atleticanos que forem ao estádio. Há três dias, o Ministério Público havia considerado o valor abusivo e ganhou ação civil pública que determinou a redução para R$ 500.

Enquanto prosseguir a disputa nos bastidores, o torcedor atleticano ficará sem informações concretas de valores e horários para venda. O estudante Paulo Victor, de 27 anos, que já enfrenta cerca de 26 horas na fila, está confiante em festa no Mineirão, com o título do Galo.

“Ninguém passa informação nenhuma. Estamos na fila sem saber o horário da venda e o preço. Vou esperar, mas não vou pagar mil reais. Pago até R$ 500 para ver o Galo campeão”, disse o atleticano, segundo da fila.

“Tem dois seguranças do Atlético, mas aqui por enquanto está tranquilo. Todo mundo já tem lugar marcado, contamos com a cooperação do pessoal para sair para comer e fazer outras coisas”, disse Paulo Victor.

O Atlético já pagou R$ 725 mil para o Cruzeiro, mas ainda não recebeu as entradas, que seriam entregues nesta terça, às 11h. Contudo, a diretoria celeste deve esperar a decisão judicial para repassar os bilhetes.